Santa Cruz do Sul

Cobertura de coleta de esgoto em Santa Cruz chega a 32%; meta é alcançar 90%

Uma das ações para cumprir o Marco Legal do Saneamento está avançando em Santa Cruz do Sul. Com o objetivo de que 90% da população tenha acesso à coleta e ao tratamento de esgoto até 2033, a Corsan alcançou 32,25% de cobertura na cidade. Atualmente, são 19.567 ligações disponíveis. Desse total, 16.602 estão interligadas à rede de coleta e tratamento. As outras 2.965 ainda não realizaram a conexão e, por isso, já pagam uma taxa pela disponibilidade, conforme determina a agência reguladora dos serviços de saneamento básico.

No município, a coleta e o tratamento de esgoto estão disponível em partes do Centro e dos bairros João Alves (em todos os loteamentos e condomínios); Country (em todos os loteamentos e condomínios); Linha Santa Cruz (em todos os loteamentos); Avenida; Goiás; Bom Jesus; Pedreira; Renascença; Aliança; Dona Carlota; Arroio Grande e Santo Inácio. Também foram realizadas obras de implantação de redes coletoras e ramais prediais nos bairros Universitário, Higienópolis e Jardim Europa. 

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Nessa segunda-feira, 25, teve início uma nova frente de trabalho no Bairro Goiás, onde serão instalados aproximadamente 700 metros de redes coletoras de esgoto e cem ramais para interligações dos imóveis à tubulação. Os serviços vão ocorrer nas ruas Presidente Epitácio Pessoa, Antonio Eick, Wili Eick, Sete de Setembro e São José. O valor do investimento nesta fase é de aproximadamente R$ 230 mil. 

Nesta quarta-feira, 26, as obras também serão reiniciadas no Bairro Higienópolis, onde o investimento será de R$ 12 milhões em 24 quilômetros de redes coletoras que beneficiarão 9,5 mil moradores. O trabalho acontece nas ruas São Gabriel, Joaquim Nabuco e Osvaldo Cruz.

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A expansão do sistema de esgotamento sanitário em Santa Cruz iniciou-se em fevereiro do ano passado. No entanto, segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Agerst), a qualidade das obras tem gerado diversos processos, notificações e multas. “Estes serviços não estão a contento e dentro do esperado pela comunidade. Mas a agência está acompanhando e fiscalizando as obras e as ligações”, enfatiza Astor Grüner, conselheiro da Agerst.

“A atuação da agência é fundamental para o avanço do saneamento e para que sejam cumpridas as obrigações legais tanto do poder concedente quanto das concessionárias”, acrescenta. Isso inclui, segundo ele, não somente água e esgoto, mas também resíduos sólidos e drenagem urbana, que fazem parte dos quatro pilares do Marco do Saneamento.

Conexão é responsabilidade dos moradores

Segundo a Corsan, a conexão é de responsabilidade do morador, que deve contratar um profissional de sua confiança para realizar a ligação. Isso só pode ser feito após a companhia estar com a rede funcionando e notificar o consumidor, estabelecendo prazos para que ele providencie a interligação. Caso os moradores façam isso antes da notificação, podem acontecer transbordamento de esgoto e danos à rede que ainda não está operando.

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Após a conexão, é preciso avisar a Corsan, por meio dos canais digitais ou presencialmente na loja da companhia. A empresa, então, realiza uma vistoria para verificar se a ligação está correta. Daí em diante, passa a ser cobrada uma taxa mensal de 70% sobre o valor de consumo da água pela coleta e pelo tratamento de esgoto.

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Em caso de soleira negativa, quando o imóvel foi construído abaixo do nível da rua, o morador precisa procurar a Corsan para abrir um protocolo e levá-lo até a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst), para que seja instaurado um processo administrativo de verificação. Após visita de fiscais da Agerst e da Corsan, é emitida uma notificação de como o morador deve proceder.

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Universalização

O gestor de Relações Institucionais da Corsan na Região Central, André Finamor, enfatiza que o descarte correto dos resíduos domésticos e o tratamento adequado só ocorrerão se a população fizer a conexão das casas até a rede da Corsan, que levará o esgoto à estação de tratamento para que seja devolvido ao meio ambiente de forma adequada.

“Além de todos os benefícios sociais e econômicos, a adesão dos moradores representará impacto direto na natureza, com o equivalente a mais de 58,9 mil piscinas olímpicas de esgoto sendo devolvidas em condições adequadas ao meio ambiente”, afirma.

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Em abril deste ano, a Corsan lançou a campanha Te Liga, Meu Rio Grande, a fim de esclarecer sobre a importância da adesão às conexões de esgoto e os benefícios do tratamento para todos. No Rio Grande do Sul, 35% das residências contam com a ligação atualmente.

A Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano nos 317 municípios que atende. No total, até 2033, serão cerca de R$ 15 bilhões em 18 mil quilômetros de redes coletoras, construção de mais de 3,1 mil estações elevatórias e 331 estações de tratamento de esgoto. A expectativa é de que mais de 1,5 milhão de residências sejam conectadas ao sistema.

Contate a Corsan

Segundo a Corsan, sua equipe de responsabilidade social faz o acompanhamento diário das obras para minimizar transtornos. Também orienta sobre os horários em que as ruas e garagens ficarão interditadas.

Os agentes usam uniformes com a inscrição “A serviço da Corsan” e identificação por crachás da empresa. Para esclarecimentos, os moradores podem procurar esses profissionais ou contatar a Corsan pelo telefone (55) 99121 5992.

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Ricardo Gais

Natural de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais, 27 anos, é jornalista multimídia no time do Portal Gaz desde 2023.

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