Santa Cruz do Sul

Coleta seletiva em Santa Cruz tem um custo anual de R$ 7 milhões

Taxação, déficit do Município e falta de separação, entre outras questões ligadas ao manejo e destinação dos resíduos sólidos e limpeza urbana de Santa Cruz, foram debatidos nessa quinta-feira, 22, em audiência pública. Participaram das discussões a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst), Prefeitura, Legislativo, Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat), Procon e comunidade. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores.

Responsável pela regulação e fiscalização dos serviços, a Agerst encabeça a formatação da normativa que irá gerir a rotina que, segundo o órgão, precisa ser de conhecimento da comunidade. “A fiscalização é uma das novas etapas que nos compete. Precisamos de indicadores para metrificar a eficiência e os gargalos desse serviço essencial para o cidadão”, destacou Ernani Baier, conselheiro da Agerst.

Prefeitura quer redução dos custos

O subsecretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz, Marcelo Diniz, explicou que o Município conta com seis contratos em vigor de coleta seletiva, convencional e automatizada e de parceria para fazer a coleta, transbordo e transporte para destinação final. “Mas todos sabemos que os resíduos representam hoje um dos maiores gargalos. O serviço é deficitário e onera o Município em cerca de R$ 7 milhões por ano”, disse. “E deve ser ainda maior, porque não foi considerado o aumento anual de produção de resíduos.” 

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Segundo Diniz, o Plano Plurianual da atual administração prevê a redução geral dos custos com os resíduos sólidos. “Entre as ideias para isso está a criação de parcerias com cooperativas e ecopontos para retirar resíduos – como móveis – descartados de forma irregular no meio ambiente”, ressaltou. “Além disso, já se tem um olhar atento em contratos novos que estão sendo feitos. Também se estuda, junto com o Cisvale, a regionalização de um serviço de triagem.”

A titular do Meio Ambiente, Prissila Bordignon, acrescentou que está sendo organizado um projeto junto ao setor alimentício que prevê o recolhimento dos resíduos orgânicos e o transporte para compostagem em área que ainda está em tratativas. Depois, a intenção é repassar o substrato para agricultores.
A secretária explicou que a intenção da Prefeitura é fazer a automatização dos contêineres, transformando-os nos chamados “contêineres inteligentes”, cuja abertura só é viável com a identificação do morador da respectiva rua.

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Ricardo Gais

Natural de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais, 27 anos, é jornalista multimídia no time do Portal Gaz desde 2023.

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