Entrega do produto deve ser concluída nesta semana
A comercialização de tabaco da safra 2024/25 está praticamente encerrada. Com 99% do produto entregue às empresas de processamento e exportação, o que resta nas propriedades deve chegar às indústrias ainda nesta semana. Essa é a perspectiva da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
No ano passado, o tabaco estava todo comercializado até o início de maio, em virtude de uma acentuada quebra na safra, que reduziu a oferta em 20%. Isso resultou em um aumento na concorrência entre as empresas pelo produto, que ficou mais valorizado.
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Agora, conforme o presidente da Afubra, Marcílio Drescher, devido ao aumento de plantio de área, não houve disputa entre as indústrias, o que poderia ter acelerado a comercialização. “Com uma produtividade normal em todas as regiões, isso está confirmando a nossa estimativa inicial, com mais tabaco oferecido. Portanto, as empresas não tiveram pressa em comprar antes.”
Por conta disso, o preço praticado na safra está abaixo do ano passado. No entanto, a qualidade do tabaco fez com que a valorização fosse um pouco melhor, afirma o dirigente.
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“O que hoje se tem é um preço menor comparado à média do ano passado. Porém, a compra está razoável e, em certos momentos, muito boa. Isso porque não havia tanta rigidez na classificação, visto que o produto também apresentava qualidade e produtividade. Todos esses aspectos favoreceram a venda”, ressalta.
O presidente da Afubra ainda enfatiza que a entidade realiza pesquisas semanais a fim de acompanhar o comportamento do mercado e preços.
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Para a próxima safra, o plantio começou em diversas regiões do Estado. Sob orientação da Afubra, deve ocorrer uma estabilidade ou até mesmo redução de área plantada. Drescher explica que nos últimos dois anos houve aumento de plantio, mas a quebra de safra e a falta de estoque nas empresas ainda resultaram num cenário favorável aos produtores.
Mas, se houver novamente uma grande oferta, a entidade alerta para queda dos preços. “No momento em que nós aumentamos a cada ano nossa área plantada e se a produtividade continua sendo normal, logo adiante estaremos batendo no teto e os preços voltarão a cair, comparado com a média que estávamos recebendo nas últimas safras.” Observa que o produtor não pode ficar eufórico e entusiasmado pelos valores praticados nos últimos ciclos. “A grande maioria dos produtores já aprendeu que menos é mais e, fazendo essa questão do dever de casa, produtividade boa e consequentemente qualidade, sempre será um fator de rentabilidade.”
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No dia 26 deste mês, um sábado, a Afubra realizará sua assembleia geral ordinária. A reunião ocorrera no Teatro do Colégio Mauá, a partir das 8h15. Na presença dos associados, será apresentado o relatório administrativo, que anualmente começa em julho e vai até junho do ano seguinte. Também será feita a prestação de contas, bem como balanço financeiro encerrado em 31 de dezembro de 2024, acompanhado do parecer do Conselho fiscal. Outra pauta a ser debatida é a definição de taxas e valores da Unidade Referencial Mutual (URM), do BO1, a serem aplicados na safra 2025/26. A URM serve de base para o recebimento dos benefícios e pagamentos dos auxílios do Sistema Mutualista. Atualmente, o valor da URM é de R$ 23,20.
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