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Como vai ser desenvolvido o Pacto Santa Cruz pela Paz, lançado nessa quarta-feira

Auditório central da Universidade de Santa Cruz recebeu convidados ontem à noite para a apresentação e lançamento da iniciativa

Foram seis meses de trabalho com embasamento científico, 64 reuniões preparatórias e de planejamento, mais de mil famílias visitadas e exemplos positivos como Pelotas, Lajeado, Diadema e Niterói a serem seguidos. Assim foi apresentado o Programa Pacto Santa Cruz Pela Paz, nessa quarta-feira, 6, à noite, no auditório central da Unisc. A iniciativa tem o objetivo de realizar ações de prevenção à violência, que possam representar, no futuro, o alcance de um objetivo robusto: fazer de Santa Cruz o município mais seguro.

O conjunto de proposições tem a parceria do Instituto Cidade Segura, que deu o suporte técnico para os encontros de capacitação. A partir de agora, mais servidores públicos serão qualificados para serem disseminadores da ideia de paz. O poder público municipal é o articulador, mas precisará contar com a participação dos órgãos de segurança, entidades, empresários, representantes da educação, saúde, Judiciário, diferentes identificações religiosas e de toda a sociedade para obter resultados.

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Qualquer eventual descrença pode ser derrubada, quando casos como Pelotas, que foi representada pela prefeita Paula Mascarenhas, são apresentados. Segundo o diretor-executivo do Instituto, Alberto Kopittke, o município do Sul do Estado registrava 40 homicídios para cada 100 mil habitantes; atualmente, não passa de seis. “É a grande inspiração para nós. É um caso nacional de redução da violência. Foi pioneira no Pacto Pela Paz no Rio Grande do Sul, tendo uma prefeita que chamou para si a responsabilidade da segurança”, enfatizou o secretário de Governança e Relações Institucionais de Santa Cruz e coordenador do programa, Everton Oltramari.

Paula reforçou a importância de a prefeita Helena Hermany atrair mais essa responsabilidade para sua gestão. “É muito difícil para qualquer representante da segurança pública chamar para si essa responsabilidade. É preciso que a liderança local chame todos para planejar e agir. Entendo a dificuldade, porque continuamos com a concentração de recursos em Brasília e a concentração de responsabilidades nos municípios.”

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A afirmativa de Paula foi confirmada pelo subcomandante-geral da Brigada Militar no Estado, coronel Douglas Soares. Ele entende que a corporação não tem como, sozinha, eliminar a criminalidade. “Precisamos do apoio de todas as forças vivas da sociedade. O Pacto chama todos e cada um mostra no que pode ajudar. Cada um faz um pouco e ajuda no todo, que é a diminuição dos crimes.” Acredita que a metodologia apresentada é semelhante ao pensamento da BM, que é a prevenção. “Educar a criança é saber que não será preciso reprimir quando ela virar adulta.”

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O que é o Pacto Santa Cruz Pela Paz e como ele vai ser desenvolvido

Descrito no site pactoscs.com.br, o programa é resultado do planejamento de ações elaboradas a partir da identificação da peculiaridade de cada município. Um dos aspectos apontados, afirma o diretor-executivo do Instituto Cidade Segura, Alberto Kopittke, é a subnotificação dos casos de violência infantil. Assim, torna-se ainda mais importante uma das atividades iniciais, que é o trabalho com famílias com bebês. “Deve ser orientado o fortalecimento dos pais e cuidadores, mostrando que é possível educar com limites e sem violência”, exemplifica.

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Uma série de ações foi planejada e será implantada gradualmente, como o atendimento à infância, o trabalho com os alunos do Ensino Fundamental, que se chama Conte Comigo, possibilitando o desenvolvimento socioemocional; o momento Seja, em que todas as escolas municipais e estaduais serão envolvidas, mobilizando os alunos em 180 aulas, com enfoque na educação socioemocional e a capacidade de tomada de decisões; o Cada Jovem Conta, com o objetivo de formar uma rede de proteção dos adolescentes. Por fim, a atenção é dada para a ação Sagaz, que envolve jovens em conflito com a lei ou casos de violência nas instituições de ensino.

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Além do trabalho direcionado, há previsão da implantação de 27 ações, baseadas nos eixos Aplicação da Lei e Prevenção. Na primeira, diz o secretário Oltramari, “seremos implacáveis, com fortalecimento e maior visibilidade da Guarda Municipal e integração com outras forças de segurança”.

Serão investidos R$ 10 milhões, entre outras iniciativas voltadas à prevenção, como a instalação de 97 câmeras com reconhecimento facial nas escolas; totens em ambientes públicos que possibilitarão o acionamento do botão de pânico em situação de perigo; intervenções integradas territoriais, com urbanização, sinalização, embelezamento da cidade, ampliação do cercamento eletrônico e instalação de centro de controle. “Queremos Santa Cruz a cidade mais segura do Brasil”, afirma.

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