Inspiração italiana: Luciana Tremea e Tânia Espinosa levaram a panacotta e o tiramissu
Após um domingo, 14, marcado por churrasco, carreteiro e feijoada, a programação da Semana Farroupilha em Santa Cruz do Sul apresentou nessa segunda-feira, 15, o sabor das sobremesas típicas do Estado. Elas foram apresentadas à tarde no Doce Encontro, um concurso que elegeu as melhores receitas entre 17 concorrentes.
As receitas foram exibidas no Salão Nobre do Palacinho, que ficou tomado pelo aroma dos doces, preparados por diferentes entidades. Entre os pratos havia ambrosia, doce de abóbora, arroz doce, sagu com creme, papo de anjo, degustados pelos jurados. Havia até pudim de erva-mate, atraindo os curiosos.
Em alusão aos 150 da Imigração Italiana, celebrado na Semana Farroupilha, o Grupo do Bem levou dois pratos típicos da Itália. Um deles foi a panacotta, preparada com uma calda de bergamota.
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A presidente da entidade, Luciana Tremea, ressaltou que o alimento tem como base a nata cozida, à qual são acrescentadas baunilha, açúcar e uma calda. “Ele tem um gostinho da infância, comum na casa da nona, e foi trazido pelos imigrantes para o Brasil”, afirmou.
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A bergamota foi adicionada pelo fato de ser uma fruta conhecida no Estado, substituindo a tradicional calda vermelha. “Para ser daqui, bem autêntico.”
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O Grupo do Bem ainda apresentou um tiramissu, feito por Tânia Espinosa e Marisa Rocha Paczek. Tânia explicou que se trata de uma sobremesa energética a partir da sua combinação de café, licor, bolacha, mascarpone e outros ingredientes. “É um doce que tem muito a ver com o Rio Grande do Sul, porque aqui nós comemos comidas fortes, e os nossos doces também”, detalhou.
Para Tânia, o evento é fundamental para motivar as pessoas a valorizarem as nossas raízes. “É também um resgate da cultura”, avaliou.
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Marciele Voese, representante do Grupo Tradicionalista Caetana Gonçalves da Silva, preparou um pudim com laranja para o concurso. A ideia foi fugir de uma receita mais tradicional e acrescentar um ingrediente diferente, abundante no Rio Grande do Sul. Assim, testou a fruta cítrica e aprovou o resultado.
Ao escolher a sobremesa, Marciele realizou uma pesquisa sobre a história do prato, que surgiu na Idade Média e tradicionalmente era salgado. Anos depois surgiu o pudim com leite, ovos e açúcar e, mais tarde, com leite condensado. “Existem pudins de pão adormecido, de arroz e várias outras versões pelo mundo inteiro”, comentou.
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Segundo a subsecretária municipal de Cultura, Zoraia de Jesus Pereira, a pesquisa para saber como as sobremesas eram feitas antigamente foi um elemento fundamental. É uma maneira também de fazer com que as novas gerações aprendam as receitas tradicionais e as ensinem futuramente.
Para o titular da pasta, Douglas Albers, o Doce Encontro é uma ação fundamental para valorizar a culinária gaúcha. “Há doces que eu nem sabia que eram daqui. É interessante fomentar isso e mostrar os nossos potenciais gastronômicos”, comentou.”
A expectativa, segundo Albers, é dobrar o número de inscritos no ano que vem. “Podemos ter certeza de que o Doce Encontro já vem muito mais forte em 2026.”
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