Coordenador da Defesa Civil avalia obras para reduzir riscos e danos no Belvedere

Deslizamentos de terra, quedas de rochas e risco constante voltaram a preocupar moradores do Bairro Belvedere, em Santa Cruz do Sul, durante os episódios de fortes chuvas na última semana. A Defesa Civil precisou interditar trechos da Rua João Werlang e intensificar o monitoramento da região.

“Fizemos o acompanhamento com um engenheiro que já conhece bem a região, inclusive com experiências dos eventos do ano passado. Foram feitas algumas intervenções este ano, mas é uma área que demanda obras muito maiores, com investimento elevado”, destacou o coordenador da Defesa Civil, coronel César Bonfanti em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

Atualmente, o Município aguarda resposta de um projeto de aproximadamente R$ 30 milhões, protocolado junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Encostas, para execução de obras de contenção, drenagem e mitigação de riscos no Belvedere.

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“Tem muitas obras a serem feitas para dar uma estabilidade, e isso demanda recursos bastante significativos. Encaminhamos esse projeto em março e esperamos que Santa Cruz do Sul seja contemplado, para que a gente possa, no futuro próximo, iniciar obras significativas para tentar, pelo menos, minimizar os danos e os riscos que têm ali naquela região”, reforçou Bonfanti.

Além disso, equipes do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, estiveram no município nas últimas semanas para realizar novos levantamentos no local. Segundo Bonfanti, os dados coletados servirão para definir as obras necessárias e indicar os pontos críticos. A expectativa é de que os resultados do estudo sejam apresentados até outubro.

“Nós já sabemos os pontos e o que tem de sugestão de obras, para que a gente possa executar ou buscar recursos para diminuir os riscos, tanto de alagamentos, enchentes e, também, deslizamentos”, comentou.

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Ações preventivas fizeram a diferença nas cheias

Enquanto acompanhava a situação no Belvedere, a Defesa Civil também atuava em outra frente: as cheias que atingiram o município. Com previsão de volumes expressivos de chuva desde o início da semana passada, houve uma mobilização antecipada junto às principais secretarias.

“Na terça-feira pela manhã, nos reunimos com as secretarias envolvidas e nos organizamos para o que estava por vir. Fomos até o Exército, junto com a secretária Fátima, porque já sabíamos que seria necessário o apoio, principalmente de viaturas, para retirar famílias no Navegantes, caso as casas fossem alagadas. E foi o que realmente aconteceu”, relatou Bonfanti.

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Além disso, a Defesa Civil atuou, em parceria com a Secretaria de Bem-Estar Animal, na remoção de animais domésticos das áreas de risco. “Nós, antes de estarmos numa situação mais complicada, mais difícil de atuar, fomos lá e começamos a fazer esse recolhimento, inclusive daquelas famílias que desejaram alcançar o seu animal para que a gente trouxesse também para o abrigo. Então, foi um trabalho coordenado”, explicou.

O volume da chuva gerou dezenas de chamados para a Defesa Civil, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros. No total, 54 famílias — cerca de 190 pessoas — foram acolhidas nos abrigos montados no Pavilhão 3 da Oktoberfest e no Ginásio do Rauber.

*Colaborou Jaime Fredrich

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