O setor do tabaco voltou a entrar em alerta após retornar à pauta do Congresso Nacional a possibilidade de criação de um imposto que recairia sobre alguns produtos, entre eles o cigarro. Para lideranças da cadeia, no entanto, a medida, se aprovada, pode favorecer o contrabando.
A implantação do chamado Imposto Seletivo (IS), em substituição ao atual Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), foi incluída no relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) à proposta de emenda à Constituição (PEC) 110, que reforma os tributos sobre consumo. A ideia é taxar a produção, importação ou comercialização de bens e serviços que sejam prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, incluindo bebidas alcoólicas e derivados do tabaco, como forma de desestimular o consumo. O IS seria de competência da União, mas a arrecadação seria compartilhada com estados e municípios. As alíquotas seriam definidas em uma lei ordinária.