Foto: Romar Beling
Com informações de Romar Beling/enviado especial
O terceiro dia de atividades da 11ª Conferência das Partes (COP-11), realizada em Genebra, na Suíça, trouxe avanços para a comitiva brasileira que representa a cadeia produtiva do tabaco. Nesta quarta-feira, 19, o grupo esteve novamente reunido com o embaixador do Brasil, Tovar Nunes, que se comprometeu a promover um novo encontro entre lideranças e representantes do setor nesta quinta-feira, 20.
O enviado especial da Gazeta Grupo de Comunicações, Romar Beling, conversou com o deputado federal Afonso Hamm sobre suas expectativas em relação à conferência. Hamm lamentou as restrições de acesso impostas ao grupo, mas avaliou positivamente a realização da segunda reunião com a Embaixada Brasileira, que, segundo ele, foi fundamental para sensibilizar os interlocutores diplomáticos.
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De acordo com o parlamentar, a articulação permitiu “abrir uma fresta das portas que estavam fechadas”. “Não estamos participando, mas tivemos uma interlocução mínima e tenho certeza de que saímos unidos daqui, o setor, a indústria, os agricultores e a própria imprensa”, afirmou.
Hamm ressaltou ainda a necessidade de proteger a renda dos produtores, lembrando que outros cultivos enfrentam forte desvalorização. “Uma das poucas moedas do agro que hoje mantém sustentabilidade é o tabaco, por isso, essa cadeia precisa ser defendida.” O deputado também argumentou que a retirada do filtro dos cigarros traria mais prejuízos à saúde e estimularia a clandestinidade.
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Em sua primeira participação na COP-11, Afonso Hamm afirmou estar “feliz” por representar e defender o setor fumageiro, enfatizando que a cadeia produtiva do tabaco é fundamental para a dignidade e a sobrevivência de milhares de famílias do Rio Grande do Sul e de outros estados produtores.
Ele lembra que cerca de 70 mil famílias vivem diretamente da cultura, além de outras 30 mil que dependem das indústrias e dos empregos indiretos, reforçando o impacto econômico e social do setor nas pequenas propriedades rurais. Hamm também destacou que mais de 90% da produção brasileira é exportada, gerando quase US$ 3 bilhões e ocupando posição de destaque na pauta de exportações do País. “Não podemos desprezar essa cadeia produtiva, ainda mais sem alternativas reais de substituição”, declarou.
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