Existem cerca de 3,4 milhões de processos tramitando na justiça estadual do Rio Grande do Sul, sem contar outros que correm nas justiças eleitoral, federal e militar. É um número que se mantém nos últimos anos, e chama a atenção. Os motivos dessa demanda dividem opiniões. Alguns defendem que os gaúchos são altamente politizados e que, por isso, conhecem seus direitos e defendem suas prerrogativas até as últimas consequências.
Outra corrente cita a história ao lembrar que fomos nós que fixamos as fronteiras do Brasil, mantendo uruguaios e argentinos do lado de lá da cerca. Um terceiro grupo credita a judicialização em massa ao temperamento belicoso dos gaúchos resistentes à conciliação. Aliás, a falta de diálogo é um dos males da modernidade regrada pelas redes sociais.
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A judicialização é um fenômeno da falta de diálogo e da ineficiência de instituições que não cumprem seu papel. O STF muitas vezes tem exercido o papel do Legislativo, pela omissão e inoperância dos deputados e senadores.
Repito que não sou expert no tema, mas acredito que a lei deveria limitar os recursos e o próprio acesso ao Supremo. Em outros países, o volume de processos na corte suprema é regrado com rigidez, para evitar o que acontece no Brasil: a banalização das funções de ministro do STF.
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Não acredito na redenção do ser humano depois dessa pandemia mundial. A paciência é um exercício obrigatório e diário; a humildade, um esforço permanente; e o diálogo, uma obrigação de todos. Infelizmente, a prática não corresponde à teoria. E, assim, nossos tribunais continuam abarrotados de processos.
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