Oktoberfest

Diretor da Oktoberfest de Blumenau apresenta case de sucesso a lideranças em Santa Cruz

A Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul realizou nessa terça-feira, 29, a edição de julho da reunião-almoço Tá na Hora, desta vez com a participação do diretor-geral da Oktoberfest Blumenau, Guilherme Benno Guenther. Na presença de associados, líderes e organizadores da 40ª Oktoberfest de Santa Cruz, ele apresentou ao público a evolução, as mudanças e inovações feitas pela festa para se consolidar como o maior evento de cultura germânica do País. 

Ao longo de 40 anos, a promoção, que já recebeu mais de 25 milhões de visitantes, precisou se reinventar. Inicialmente, ao se intitular apenas como uma festa da cerveja, o foco principal – de celebrar a cultura germânica – ficou em segundo plano. “A própria comunidade de Blumenau acabou ficando insatisfeita, porque com a festa vinha muita confusão, bagunça, caos de trânsito e comportamentos que não eram os mais adequados. Houve casos de assédio às mulheres e de misoginia. Era apenas uma festa com consumo de bebida alcoólica”, relembrou Guenther. 

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Foi então que, em 2005, veio a virada de chave, com a introdução das cervejarias artesanais e o fortalecimento da gastronomia e da música típica alemã. A partir de então, segundo Guenther, a festa se transformou em uma imersão na cultura germânica para o visitante. “Passamos a nos comunicar com o mercado não como a maior festa de cerveja do Brasil, ou de carnaval alemão, ou de micareta germânica, e sim como festa de cultura e tradição, voltada às famílias, onde a gastronomia é presente e a cerveja é parte do escopo mais ampliado de gastronomia.” 

Atualmente, a parte musical da festa é 100% cancioneira germânica. Na 40ª edição, neste ano, serão 68 bandas locais, cinco da Alemanha e da Áustria e duas teutogermânicas da Argentina, tocando em espanhol. Segundo o diretor-geral, não são apenas bandas de música tradicional alemã, mas também de rock e euromusic (música eletrônica germânica).

“Quando a gente fala sobre germanidade, não significa que precisamos trabalhar com a germanidade do século 19. Temos que evoluir para opções mais contemporâneas”, explicou. “Isso vale para a gastronomia, a música, as bebidas e todos os aspectos, sempre com ênfase na germanidade.” 

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Diretor-geral detalhou o que foi feito a partir de 2005 para transformar o perfil da festa | Foto: Rodrigo Assmann

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União da cidade

Apesar de os visitantes, em sua maioria, serem turistas, a comunidade local também é atraída ao evento a partir de facilidades no acesso. Quem estiver com traje típico paga meia-entrada. Durante os 19 dias de festa, sete são com ingressos gratuitos. Aos sábados e domingos, a entrada é liberada até as 13 horas, e durante a semana, até as 18 horas.

“Você nunca vai conseguir que um evento seja bom para quem é de fora se ele também não for bom para quem é da cidade”, observou Guilherme Guenther.

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O diretor-geral da Oktoberfest Blumenau destacou que trabalha na concretização do projeto de criação de uma liga de eventos e festas alemãs em muitas cidades do Brasil, como Santa Cruz e Igrejinha, no Rio Grande do Sul; Pomerode e Brusque, em Santa Catarina; e ainda Juiz de Fora, em Minas Gerais. Seria semelhante à união existente no Nordeste, onde ocorrem as festas juninas, a fim de alcançar mais visibilidade e fortalecer a presença da cultura germânica no País.

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Inovações na área ambiental

A Oktoberfest de Blumenau foi o primeiro evento público com marca licenciada do Brasil. Também inovou ecologicamente no descarte de copos, já que vende um copo de chope a cada 20 segundos em um dia de grande circulação de público.

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Por meio de parceria com uma empresa francesa que é a maior do mundo em valoração de resíduos, ao final das noites de outubro todos são ensacados, recolhidos, processados e queimados em cimenteiras, em substituição ao carvão mineral. Isso evita o descarte para lixões ou destinação a associações de catadores de lixo. 

Guenther enfatizou que outro avanço significativo da festa é relacionado à segurança. “Com reforço de tecnologia e órgãos de segurança, em 2024, por exemplo, com cerca de 600 mil visitantes, foram registrados apenas oito casos de furtos de celular.” 

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Vanessa Behling

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