Efasc celebra bons resultados na qualificação de estudantes

O clima era de festa na tarde da última quinta-feira, 21, na Escola Família Agrícola de Santa Cruz (Efasc), em Linha Santa Cruz. A comunidade escolar reuniu-se para celebrar os resultados do Juventudes e Agroecologia II, projeto voltado à qualificação dos estudantes no campo, unindo conhecimento e prática. A iniciativa desenvolveu-se entre outubro de 2023 e abril deste ano, totalizando 18 meses. Ao todo, cem alunos foram beneficiados (indiretamente foram mais de 400, incluindo as famílias), integrantes do curso técnico em agropecuária da Efasc, vinculado ao Ensino Médio.

Os jovens participaram de 276 horas de painéis e oficinas. Entre os temas abordados estiveram soberania e segurança alimentar, educação financeira, mulheres na agricultura, cooperativismo e associativismo, comercialização de alimentos e também geração de renda.

Tais conhecimentos adquiridos foram colocados em prática durante as visitas de estudo. Nelas, 14 ao todo, os jovens puderam vivenciar as experiências de agricultores familiares. Além disso, os professores e demais envolvidos na iniciativa realizaram 200 visitas às famílias dos estudantes. Para consolidar as atividades, áreas experimentais foram implementadas nas propriedades de cada aluno. Isso também permitiu que eles pudessem colocar em prática os conhecimentos acerca da agroecologia. Foram cultivados 10 hectares.

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O coordenador da Efasc, Adair Pozzebon, enfatizou que o projeto vê a educação como uma ferramenta de consideração para os jovens no campo. “Nossa intenção é qualificar os espaços formativos para, então, qualificar uma formação na qual os jovens saem com uma compreensão de mundo, mas especialmente para que eles possam transformar sua realidade, o meio onde vivem e construir projetos de perspectiva de permanência no campo”, destacou.

Com a experiência adquirida ao longo dos 18 meses do projeto, os jovens já mostram os resultados. “Se você chegar numa feira rural de Santa Cruz, e se ali houver um jovem, pode perguntar se é da Escola Família Agrícola. Isso evidencia como é possível que o alimento gere renda”, disse Pozzebon.
O encerramento da iniciativa, realizada em parceria entre a Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa) e a Fundação Banco do Brasil, contou com o lançamento de um minidocumentário e de uma revista.

A representante da Fundação BB, engenheira agrônoma Thatiana Castro Tondo, salientou que o projeto traz uma série de oportunidades para a comunidade. “Nosso objetivo não é apenas desenvolver atividades agrícolas, mas também melhorar a vida das pessoas através da educação.”

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“Foi um projeto maravilhoso”, define a estudante Isabela Ziebell

A aluna do terceiro ano do Ensino Médio Isabela Helena Ziebell, de 17 anos, esteve envolvida com o projeto desde o início, em 2023. Na época, ainda estava no primeiro ano e pôde acompanhar não só a sua evolução, mas a da própria escola.

“Foi um projeto maravilhoso que eles apresentaram para nós de uma forma tão clara, tão simbólica, que foi muito fácil de entender. Conforme o projeto foi passando, a escola teve melhorias, tanto na área agrícola quanto na infraestrutura”, ressaltou. Para ela, a principal lição deixada pela iniciativa foi que os resultados podem ser obtidos por meio da dedicação e do empenho. 

“A escola sempre batalhou muito, sempre correu muito atrás de todo o investimento. O professor Adair tinha semanas em que chegava aqui na segunda e na terça ele já estava em Brasília, correndo atrás do projeto. É por isso que o maior aprendizado que eu tive foi que, se tu queres uma coisa, tu consegues; é só correr atrás e ter esforço.”

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