Mercado continua aquecido no município, e locação é considerada um excelente negócio tendo em vista os juros de financiamento | Foto: Albus Produtora
Indicador que costuma ser aplicado nos contratos de locação de imóveis, como referência para reajuste, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) concluiu abril com saldo -2,17% referente aos últimos 12 meses. É o menor percentual desde fevereiro de 2018.
A economista Cintia Agostini explica que essa situação é reflexo do período anterior, quando o indicador teve grande elevação, como consequência dos efeitos da pandemia. “A redução do IGP-M atual mostra que os preços baixaram. O custo da produção internacional havia aumentado muito, houve desajuste, durante a pandemia, na entrega de produtos e matéria-prima, o que resultou em encarecimento. Agora os preços estão voltando à normalidade”, avalia. Credita a esse novo momento a maior estabilização dos preços dos alimentos e a matéria-prima.
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Cintia recorda o período do auge da pandemia, quando o IGP-M passou dos 20%, exigindo capacidade de negociação entre locadores e inquilinos. “Em alguns casos houve até mudança de contrato, alterando para o IPCA como indicador”, exemplifica.
A tendência agora, mesmo que tenha apontamento negativo, é que os aluguéis com contratos que vencem no período mantenham-se com o mesmo valor. Há possibilidade de negociação, mas o empresário Gabriel Borba, da Borba Imóveis, sugere atenção. “Lá atrás, quando se aproximou dos 30%, houve acordos para diminuição. Então, o proprietário pode querer solicitar a atualização”, frisa.
Outra dica de Borba é aproveitar o momento da locação. Com a taxa Selic elevada, os juros dos financiamentos estão altos e, assim, as parcelas da aquisição ficam altas e o aluguel vantajoso.
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Há cerca de três anos, a fisioterapeuta Luísa Scotta Machado é inquilina. Está de olho na evolução do IGP-M, porque o aluguel de onde mora tem reajuste em junho; o do consultório será em outro momento. Não recorda de ter passado um período sem elevação. “Não costumava negociar, porque era desatenta para isso. Teve um ano que o aluguel aumentou de forma absurda, aí fui me dar conta de que eu já não tinha mais direito de negociar”, comenta.
Por isso, é importante todos os integrantes dessa relação de negócios ficarem atentos. A aquisição de imóvel para esse fim, afirmam Gabriel Borba e Astor José Grüner, que é sócio-proprietário da Vêneto Empreendimentos Imobiliários, continua sendo excelente negócio. “A locação varia de acordo com localização, tamanho, utilização, mas para quem tem como investir é uma ótima opção, que não tem muita liquidez, mas baixo risco e um rendimento muito bom a longo prazo”, aponta Grüner.
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