Santa Cruz do Sul decretou situação de emergência na última sexta-feira, 14, devido aos danos causados pela severa estiagem no município. A decisão foi publicada no Diário Oficial dos Municípios nesta quarta-feira, 19. A medida foi tomada após um laudo técnico elaborado pela Emater/RS, que estima prejuízos de R$ 29.637.821,28.
De acordo com o documento, os maiores prejuízos foram registrados na agricultura, especialmente na produção de soja, com perdas de cerca de R$ 7 milhões. Em seguida, destacam-se as perdas no cultivo de subsistências (produção caseira de alimentos), com R$ 6,8 milhões, e na produção de hortaliças, com prejuízos estimados em R$ 4,4 milhões. Outras atividades, como milho safrinha, silagem, floricultura e agropecuária, também sofreram danos devido à falta de chuva.
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O relatório ainda aponta que 40 propriedades, que não têm acesso à rede de água, enfrentaram problemas de abastecimento. O decreto tem validade de 90 dias.
O documento, emitido pela Procuradoria-Geral do Município e assinado pelo prefeito Sérgio Moraes, destaca que a situação tem afetado o município de forma gradual desde janeiro de 2025, agravando-se até alcançar seu ponto mais crítico em março.
Com base no decreto, todos os órgãos municipais estão autorizados a se mobilizar sob a coordenação da Diretoria Municipal de Proteção e Defesa Civil para realizar ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução. Também foi autorizada a convocação de voluntários para reforçar as ações, bem como a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade.
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Além disso, ficam dispensadas as licitações para a aquisição de bens necessários ao atendimento da situação de emergência ou do estado de calamidade pública, bem como para obras e serviços que possam ser concluídos em até um ano.
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