Encontro abordou ações e projetos desenvolvidos no Estado com o propósito de oferecer opções para a solução de conflitos
Acadêmicos de Direito e de Ciências Sociais, profissionais da área de segurança, líderes comunitários e demais participantes tiveram a oportunidade de refletir sobre estratégias de prevenção à violência na noite dessa quinta-feira, 16. Com o tema Ações conjuntas no enfrentamento às violências: programas Mediar e Libertar da Polícia Civil/RS e atuação da Sala das Rosas, o encontro trouxe à tona aspectos pertinentes ao tema.
Realizada no anfiteatro do Bloco 18 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a iniciativa foi promovida pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e Polícia Civil. Entre as palestrantes – que falaram sobre ações e projetos desenvolvidos no Estado para enfrentamento à violência –, a professora de Direito Penal da Unisc e líder do projeto Sala das Rosas, Caroline Fockink Ritt, trouxe uma contextualização histórica sobre práticas de desrespeito à mulher.
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Entre elas, os ditos populares que absolvem a violência doméstica, como “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. “O Código Fillipino foi o documento oficial que ditou a Justiça na colônia brasileira dos séculos 16 a 19. Ele garantia ao marido, com todas as letras, o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério ou, meramente, por suspeitar de traição.”
Ainda conforme sua apresentação, “estudos indicam que, no Brasil, a violência contra a mulher não é só sistemática, mas mantém vinculação com essa tradição cultural patriarcal, desenvolvida a partir do processo de colonização”. Muitas ações, hoje, seriam reflexo de um tempo em que as relações de submissão eram consideradas naturais.
Para a delegada titular da Deam, Raquel Schneider, o evento procurou abordar os programas que oferecem alternativas de solução de conflitos, com o intuito de mostrar que, além da parte criminal, busca-se ainda restabelecer a convivência entre as pessoas, seja na questão da violência doméstica ou em outras situações.
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“O Amigas da Deam, por exemplo, busca trazer um atendimento diferenciado às vítimas, principalmente no pós-violência. Além de acolhimento na delegacia, o grupo de apoio proporciona uma série de atendimentos para aquela mulher que está buscando se refazer, se recompor e seguir a sua vida”, explicou.
Ainda durante a noite, a escrivã de polícia Ana Paula Rocha Almendros apresentou aspectos do Programa Mediar, desenvolvido pela Polícia Civil. Em seguida, a empresária, mentora beauty e cofundadora do Amigas da Deam, Ariane Novello, fez um relato de vivência pessoal e sobre a iniciativa da qual faz parte.
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