Santa Cruz do Sul

Estudantes apresentam projetos inovadores na Feira de Ciências da Unisc

Transformar boas ideias em soluções inovadoras e sustentáveis foi o desafio aceito pelos estudantes que participaram da Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A iniciativa envolveu 103 projetos de 59 escolas municipais, estaduais e particulares da educação básica dos vales do Rio Pardo, Jacuí-Centro e Litoral. Destes, 92 foram apresentados de modo presencial nessa quinta-feira, 23, no salão de estudos da Biblioteca Central.

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Os projetos destacaram atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo, em sua maioria com temas ligados a alguma problemática do ambiente escolar ou da sociedade. Um dos trabalhos, por exemplo, nasceu de uma ideia apresentada na Expoagro Afubra. Ao ver um sistema hidropônico na feira, o aluno André Roberto Müller, 14 anos, teve a ideia de criar um projeto com base na hidroponia, técnica de cultivo que tem ganhado espaço na agricultura moderna.

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Em sua quinta edição, evento reuniu projetos da Educação Infantil até o Ensino Técnico de mais de 50 educandários do Estado – Bruna Lovato/Divulgação/GS

O trabalho Hidroponia: uma solução sustentável, da Escola Municipal Balduíno Thomaz Brixner, de Linha Ocidental, em Arroio do Tigre, consistiu na criação de uma horta em canos que não necessita de solo, apenas água e nutrientes. O aluno do 9º ano explicou que o sistema recebeu a plantação de alface, cebolinha e salsinha, que irão para consumo próprio. Junto de André na apresentação, Tauani Aparecida Kuntz, 15, disse ter gostado da experiência na Unisc. “Nunca tínhamos vindo para cá e está sendo muito legal”, afirmou. 

A aromaterapia na prática

As colegas Manuela Fiuza Neuenfeldt, 12, e Mariana Limberger, 13 anos, elaboraram seu projeto a partir da aromaterapia. Elas já conheciam os óleos essenciais, mas tinham vontade de aprimorar os conhecimentos na área. A partir do desenvolvimento do trabalho, aproveitaram para aplicar o aprendizado na prática na Escola Municipal Rech Segundo, em Linha Rocinha, em Arroio do Tigre, onde estudam no 7º ano do Ensino Fundamental. 

Manuela e Mariana trabalharam sobre a aromaterapia

Conforme Mariana, o trabalho Cheiros que transformam: efeitos da aromaterapia no bem-estar físico e mental foi desenvolvido através de pesquisas, apresentações e entrevistas para coleta de informações. A partir de conversas com uma especialista, ambas puderam conhecer diversos conteúdos e blends de óleos essenciais, entre eles o de lavanda, limão e hortelã-pimenta. 

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Com a aplicação na escola, elas tiveram resultados positivos entre os alunos. “Nossos colegas gostaram muito dos aromas, principalmente depois de usarmos o difusor. Ajudou muito na calma deles”, contou Manuela. Ela reforçou que o trabalho incentiva o uso de óleos essenciais para tratar algumas condições como dor de cabeça, ansiedade e estresse, como uma alternativa para os medicamentos convencionais. 

Incentivo à curiosidade e ao pensamento científico

A feira reuniu estudantes desde a Educação Infantil ao Ensino Técnico. Segundo a organizadora do evento, Cláudia Mendes Mählmann, a participação das turmas da Educação Infantil foi uma novidade neste ano, devido a pedidos que surgiram nas avaliações feitas ao final de edições anteriores. “Tivemos poucas inscrições nessa categoria, mas aos poucos as pessoas vão sabendo e se inscrevendo para participar”, comentou. 

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Cláudia Mendes Mählmann, organizadora da Feira de Ciências da Unisc

Os trabalhos da feira foram avaliados por cerca de 60 professores e alunos de pós-graduação da universidade. Os projetos definidos como destaque ganham publicação em um e-book especial da feira, enquanto os demais são incluídos em um volume com os resumos das pesquisas. Além disso, há a menção honrosa, que muda a cada edição conforme o perfil das apresentações.

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Mais do que premiar, Cláudia ressalta que o propósito da feira é incentivar a curiosidade e o pensamento científico desde cedo nos alunos. “Queremos popularizar a ciência e a tecnologia, para que eles se sintam motivados a pesquisar.” Ainda conforme Cláudia, os participantes que passam pela experiência da pesquisa científica tornam-se estudantes diferenciados, algo que muitos lembram até na vida universitária. 

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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