“Das Bewusstsein unserer Sterblichkeit ist ein köstliches Geschenk, nicht die Sterblichkeit allein, die wir mit den Molchen teilen, sondern unser Bewußtsein davon. Das macht unser Dasein erst menschlich.” Max Frisch (1911– 1991) “A consciência da nossa mortalidade é um precioso presente, não a morte em si que compartilhamos com as salamandras, mas a nossa consciência dela. É isto que torna a nossa existência humana.”
Para o renomado escritor suíço Max Frisch, é pela consciência da finitude de nossa vida terrena que alcançamos humanidade em nossa existência. Além de ter sido jornalista e arquiteto, Frisch tornou-se conhecido como arquiteto das palavras e dos questionamentos. Influenciado pelo existencialismo, escreveu consagradas obras no pós-guerra, como Stiller, Homo faber, Mein Name ist Gantenbein, textos que lidam com questões da sociedade moderna, como alienação e identidade, em um mundo mecanizado.
Max Frisch também publicou diversos questionários, entre 1966 e 1971, nos quais trata de temas existenciais, como falecimento, felicidade, amizade, humanidade; perguntas que instigam o leitor a refletir e questionar sua própria existência. Em tempo de finados e num mundo social em que crescentemente a morte é apartada da vida, opto pela temática voltada para a finitude de nossa existência terrena e lhe apresento algumas de suas 25 perguntas sobre o tema:
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– Você tem medo da morte, e desde que idade? O que você faz contra isso? – Haben Sie Angst vor dem Tod und seit welchem Lebensjahr? Was tun Sie dagegen?
– Você gostaria de ser imortal? – Möchten Sie unsterblich sein?
– Você não tem medo da morte (porque você pensa materialisticamente, ou porque você não pensa materialisticamente), mas tem medo de morrer? – Haben Sie keine Angst vor dem Tod (weil Sie materialistisch denken, weil Sie nicht materialistisch denken), aber Angst vor dem Sterben?
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– Você já pensou alguma vez sobre sua morte, e o que lhe veio à mente? – A) O que você deixará para trás? B) A situação do mundo? C) Uma paisagem? D) Que tudo foi vaidade? E) Naquilo que nunca virá a existir sem você? F) A bagunça em suas gavetas? Haben Sie schon einmal gemeint, dass Sie sterben, und was ist Ihnen dabei eingefallen: A)Was Sie hinterlassen? B) Die Weltlage? C) eine Landschaft? D) Dass alles eitel war? E)Was ohne Sie nie zustandekommen wird? F) Die Unordnung in den Schubladen?
– Quando outra vez faleceu um conhecido, você se surpreende, como para você é natural que outros morram? – Wenn wieder ein Bekannter gestorben ist: überrascht es Sie, wie selbstverständlich es Ihnen ist, dass die anderen sterben?
– Quem entre os falecidos você gostaria de ver novamente? – Wen unter den Toten würden Sie gerne wiedersehen?
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– Você gostaria de saber como é morrer? – Möchten Sie wissen, wie Sterben ist?
– Você prefere morrer consciente ou ser surpreendido por um tijolo/telha caindo, um ataque cardíaco, uma explosão, etc.? – Möchten Sie lieber mit Bewusstsein sterben oder überrascht werden von einem fallenden Ziegel, von einem Herzschlag, von einer Explosion usw.?
– Você sabe onde gostaria de ser enterrado? – Wissen Sie, wo Sie begraben sein möchten?
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– Se você acredita em um reino dos mortos, tranquiliza-o a ideia de que todos nós nos veremos novamente pela eternidade, ou você tem, por isso, medo da morte? – Wenn Sie an ein Reich der Toten glauben: beruhigt Sie die Vorstellung, dass wir uns alle wiedersehen auf Ewigkeit, oder haben Sie deshalb Angst vor dem Tod?
Que as perguntas de Max Frisch nos proporcionem um momento de reflexão em tempo de reverenciar os falecidos e me despeço com um pensamento de nosso grande poeta Mario Quintana: “Esta vida é uma estranha hospedaria, de onde se parte quase sempre às tontas. Pois nunca nossas malas estão prontas, e a nossa conta nunca está em dia…”
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