Regional

Governador do Estado defende uso de recursos do Fundo Social para refinanciamento das dívidas rurais

O governador Eduardo Leite conversou por telefone, na manhã dessa terça-feira, 17, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para tratar da situação crítica do endividamento dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. Como resultado da articulação, o governo federal deve publicar nos próximos dias a criação de um grupo de trabalho voltado à construção de uma solução estruturante para as dívidas do campo.

“O que já foi feito até aqui, como as prorrogações recentemente autorizadas, é insuficiente para a realidade dos nossos produtores. Boa parte das dívidas não se resolve com prorrogação. É preciso refinanciamento ou securitização, com base em fontes robustas de financiamento”, afirmou Leite.

LEIA TAMBÉM: Representantes da região participam de ato em prol da securitização em Porto Alegre

Publicidade

O governador voltou a defender a utilização de recursos do Fundo Social – abastecido com verbas da exploração do pré-sal, inclusive dos royalties da cessão onerosa – como alternativa viável e sustentável para enfrentar o problema de forma definitiva. A proposta é que esses recursos, que devem alcançar até R$ 1 trilhão ao longo da próxima década, sejam utilizados na securitização das dívidas dos produtores afetados por perdas climáticas recorrentes.

“Demandamos que uma parte desse fundo seja destinada ao refinanciamento das dívidas dos nossos produtores. Nenhum outro Estado brasileiro teve o volume de perdas econômicas que o Rio Grande do Sul sofreu com as estiagens dos últimos anos. É uma situação excepcional que exige medidas também excepcionais”, avaliou o governador.

LEIA TAMBÉM: Prefeitos e agricultores reforçam pedido por renegociação das dívidas em assembleia da Amvarp

Publicidade

Durante a conversa, Leite também pediu a simplificação dos processos de comprovação de perdas de produtividade por parte dos produtores, como condição para acesso às prorrogações previstas em resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Pedimos que se dispensem burocracias desnecessárias nas comprovações exigidas. Muitos produtores, especialmente os menores, têm dificuldades para reunir essa documentação, o que pode inviabilizar o benefício que foi concedido”, alertou.

O grupo de trabalho terá prazo de 120 dias para apresentar soluções, mas Leite pediu urgência. “Encareci ao ministro que o trabalho seja muito mais célere. Precisamos de resolutividade. Os produtores precisam voltar a produzir com tranquilidade, sem o peso de dívidas que não refletem falhas deles, mas consequências das mudanças climáticas”, concluiu.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

Publicidade

Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

Share
Published by
Carina Weber

This website uses cookies.