Ao lado do filho Jair, Aracy Helena lembra da sua trajetória de superação. Um de seus hábitos é a leitura diária da Gazeta do Sul
O balão comemorativo exposto no móvel, no canto do quarto, revela o tanto de histórias que Aracy Helena Barros Zimmer tem para contar. Moradora de Santa Cruz do Sul, no dia 1º de julho completou um século de vida, com uma vitalidade e uma memória de impressionar muita gente. Basta pouco tempo de conversa para saber, em detalhes, como tem sido a jornada. O único filho, o ex-bancário Jair Luiz Zimmer, 73, nem precisa pensar muito para definir a mãe. “Ela é uma heroína.”
Nascida em 1925, no Bairro Arroio Grande, Helena, como é conhecida, nunca imaginou que chegaria aos 100 anos. “Eu passei por muita coisa nessa vida”, diz. Entre elas, precisou encontrar forças para criar Jair sozinha, após o falecimento do marido José Eugênio Zimmer, aos 37 anos. Na época a criança tinha apenas 11 anos. “Antes, quando meu marido já estava doente, eu procurava serviço e não conseguia”, lembra.
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Diante da necessidade, e com o falecimento da mãe, na mesma época, tomou uma decisão: escreveu uma carta ao então deputado Siegfried Heuser, pedindo ajuda. A iniciativa rendeu uma nomeação, anos mais tarde, no antigo Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (Samdu), no qual se aposentou. “Depois disso meu filho não passou mais trabalho.” E ele complementa, admirado e emocionado: “Até hoje não sei como ela conseguiu pagar as mensalidades do colégio”.
Antes, porém, a centenária colecionou passagens por outros estabelecimentos, como a indústria de balas Berbau, a Sulina e a própria Gazeta, na qual trabalhou em atividades de encadernação, produção de blocos e pacotes para assinantes, entre outros. O marido, por sinal, foi o primeiro linotipista do jornal (na época Gazeta de Santa Cruz), nos primórdios de sua fundação.
Ao longo dos 100 anos, Aracy Helena afirma que a “cabeça sempre funcionou”. No decorrer da vida, ela conta que procurou enfrentar os desafios, um a um, com muita fibra, sem pestanejar. Hoje, além de adorar passear com o filho Jair, mantém o seu hábito de mais de 40 anos: ler a Gazeta do Sul.
“Eu leio de ponta a ponta. Cedo da manhã tomo meu café, pego a Gazeta e vou para o quarto. Até empresto para que outros possam ler.” Na época em que morou com o filho em Itacoatiara, no estado do Amazonas, também recebia o jornal por lá. “E depois de ler ela ainda faz comentários”, conta Jair.
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