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Hospital Veterinário já realizou em torno de 10 mil atendimentos

Em setembro do ano passado, Tatiana Fernandes precisou levar Pipa para atendimento no Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A cachorrinha apresentava dificuldades de locomoção nas patas traseiras e não se alimentava. Precisou ficar sete dias internada. Pipa, assim como outros cerca de 10 mil animais, já foram atendidos nos 5 anos de Hospital Veterinário, comemorados no próximo dia 5. Deste montante, 70% foram de atendimentos gratuitos e 30% particulares.

Pipa, uma cachorra Sem Raça Definida (SRD), hoje com 14 anos, foi adotada com cerca de 7 meses, em Florianópolis. Na época, tinha a pelagem preta, que hoje dá lugar aos fios brancos por conta da idade. Segundo a tutora, moradora de Santa Cruz do Sul, a escolha pelo HV foi por ter os preços mais acessíveis e por indicação de outras pessoas que elogiaram o atendimento.

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“Ela estava com um desgaste na cervical e com alterações no exame de sangue, ficou internada por 7 dias para tratamento de nefropatia. Fomos muito bem atendidos, toda a atenção e cuidados, adoramos a estrutura, os profissionais e o carinho com que fomos recebidos.” A SRD não precisou retornar ao Hospital, mas conforme a tutora, quando for preciso, assim como para manter a vacinação de Pipa em dia, o HV será a primeira opção.

Além do trabalho com tutores, o HV também tem convênio com Organizações Não-Governamentais (ONG’s). A Salve Um Gatinho é uma delas. A ONG, que atualmente tem 36 gatos resgatados, recebe atendimento desde que o Hospital inaugurou.

“Nossos recursos provém da comunidade, com doações feitas em campanhas diversas para ajudar a manter os custos com os gatinhos que estão acolhidos conosco. O HV é extremamente importante para nós, porque não teríamos condições de pagar atendimento veterinário particular para tantos animais doentes. Os gatos resgatados geralmente estão com problemas de saúde, alguns bem graves. Então esse atendimento do HV nos permite ajudar a salvar mais vidas”, fala a presidente da ONG, Candice Meinhardt.

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E quando se fala em atendimento de gatos, o manejo “cat friendly” (amigável para felinos) é um destaque na rotina do hospital e objetiva a melhoria do atendimento à espécie felina. A iniciativa envolve todos os aspectos que compõem o seu manejo (contenção, tratamento, procedimentos) até a própria estrutura e ambientação do hospital (consultório exclusivo e áreas individualizadas para a espécie). “A partir da qualificação do atendimento, com estratégias para a redução do estresse, há maior assertividade na avaliação médica de felinos e, consequentemente, a confiança e segurança dos tutores com relação ao que está sendo feito pelos seus pets”, ressalta o coordenadora do HV, Claudia Lautert.

Ela salienta ainda que o HV da Unisc é referência em saúde veterinária e infraestrutura, sendo o único hospital veterinário da região do Vale do Rio Pardo reconhecido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS). A instituição realiza também atendimentos de forma particular e/ou gratuita que compreendem desde consulta e internamentos, realização de exames (laboratoriais e de imagem) até procedimentos cirúrgicos gerais. Entre as especialidades ofertadas estão Ortopedia, Oncologia, Neurologia, Oftalmologia, Cardiologia, Gastroenterologia, Endocrinologia, Nefrologia, Medicina de Animais Silvestres e Pets Não-Convencionais, Diagnóstico por Imagem e Micologia.

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Estudantes inseridos já no começo do Curso

O local tem apoio dos estudantes do Curso de Medicina Veterinária da Unisc. Já no primeiro semestre da graduação, os acadêmicos da Disciplina de Introdução à Medicina Veterinária realizam o projeto Vivências, acompanhando de forma observacional os diversos setores do Hospital para primeiro contato com a rotina e melhor compreensão dos processos. “E retornam a partir do quarto semestre para disciplinas com carga horária prática e, gradualmente, vão intensificando sua presença no Hospital ao decorrer dos semestres. No nono semestre, temos os atendimentos em aula realizados pelos acadêmicos sob supervisão do professor e médico veterinário”, diz Claudia.

Além das rotinas de aulas, os estudantes também têm a possibilidade de realização de estágios extracurriculares e curriculares (obrigatórios no décimo semestre). Em 2025, a infraestrutura do Hospital passou a ser sede também para as aulas teórico-práticas do Curso Técnico em Veterinária, único da região sul a ser ofertado pela Unisc, diante da necessidade de um curso, devidamente regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC), até o momento inexistente no mercado. “Oferece capacitação adequada e qualificação de profissionais auxiliares ao veterinário: O “enfermeiro veterinário” que atua sob supervisão de um médico veterinário.”

Atendimento gratuito

O local presta atendimento gratuito para tutores de Santa Cruz do Sul. Mas para isso é obrigatório realizar o cadastro na Secretaria do Bem-Estar Animal do município para comprovação da baixa renda. 

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Saiba mais

O HV atende de segundas às sextas-feiras, das 8 horas ao meio-dia e das 13h30 às 17h30. Está localizado na RSC-287, em Linha Pinheiral. Atende animais de pequeno e grande porte. Segue as determinações em conformidade com a Vigilância Sanitária junto às notificações de zoonoses, como leishmaniose e esporotricose (principais endemias da região). E com base na posse responsável, atuante contra a negligência e maus-tratos a animais em parceria com a Secretaria do Bem-Estar Animal e a Delegacia da Causa Animal de Santa Cruz do Sul.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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Carina Weber

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