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Inca integra projeto internacional que estimula igualdade de gênero nas ciências

O Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, foi selecionado para integrar um grupo internacional cujo objetivo é estimular a igualdade de gênero nas instituições de ciência, tecnologia, ensino superior e pesquisa. Em parceria com as universidades de São Paulo (USP) e de Birmingham, na Inglaterra, o Inca vai desenvolver, ao longo deste ano, políticas e práticas para aumentar a atuação das mulheres nesses espaços.

A iniciativa Mulheres na Ciência foi fundada pelo British Council, que desenvolveu o projeto Promovendo e Fortalecendo a Igualdade de Gênero no Ensino Superior: uma perspectiva Reino Unido-Brasil. Do total de 15 trabalhos qualificados para o edital do British Council, seis foram escolhidos para receber o financiamento da organização Mulheres na Ciência: Chamada de Parcerias pela Igualdade de Gênero do Reino Unido-Brasil. Um deles foi o das pesquisadoras do Inca Mariana Boroni, Mariana Emerenciano e Patricia Possik.

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Segundo Mariana Boroni, há cerca de um ano as pesquisadoras começaram a conversar sobre como poderiam mudar a realidade da desigualdade de gênero e de outras minorias no instituto. “E a gente viu a oportunidade de participar desse processo seletivo onde são escolhidas instituições brasileiras, em parceria com instituições inglesas, financiado pelo British Council, para desenvolver esse programa voltado para a equidade de gênero, no caso da mulher na ciência”.

Mapeamento

Mariana Boroni disse que a ideia é, primeiro, detectar quais seriam os principais problemas que elas conseguem enxergar no Inca e na USP. “A ideia é tentar mapear os principais problemas de desigualdade de gênero nessas instituições, aprender com instituições parceiras, como a Universidade de Birmingham, que já tem um programa montado para equidade de gênero, e ver de qual forma a gente pode aplicar essas ações no nosso instituto, para ter um ambiente mais igualitário, mais equitativo, onde a participação das mulheres seja maior, mais relevante, mais reconhecida”.

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Mariana Boroni disse que, além de a presença das mulheres nas ciências exatas ainda ser reduzida, nas ciências biológicas nenhuma mulher ocupa cargo de decisão, onde são formuladas as políticas. “Outro problema é que as mulheres são cobradas com uma carga de produtividade semelhante à dos homens, só que elas têm atividades domésticas para as quais os homens não contribuem. Existe muita desigualdade para a forma como as mulheres são cobradas nos cargos que elas ocupam. Isso não é percebido pela comunidade científica”.

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Rede

A rede conjunta Mulheres na Ciência, proposta pelos pesquisadores, profissionais e estudantes envolvidos no trabalho, vai proporcionar encontros para discussão do tema. Também serão criados novos recursos digitais e materiais de treinamento personalizados para ajudar no desenvolvimento profissional contínuo. Durante a execução do programa, outro objetivo é compartilhar as descobertas com comunidades científicas e de relações internacionais, por meio de conferências, publicações conjuntas e mídias sociais.

“É muito importante termos o reconhecimento da relevância e qualidade dos nossos projetos e equipes. Esse tipo de apoio é fundamental para implementarmos ações que diminuam a desigualdade de gênero na área acadêmica e científica em nosso país”, ressaltou o coordenador de pesquisa do Inca, Luiz Felipe Ribeiro Pinto.

A reitoria de Projetos Estratégicos da Universidade de Birmingham quer disseminar a ação pelo Brasil. O propósito é que o Inca, a USP e a Universidade de Birmingham trabalhem com mais parceiros em todo o Brasil, visando expandir o projeto para pesquisas e colaborações mais amplas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU), em relação à igualdade de gênero. 

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