Invocação do Mal – O Último Ritual é a estreia nos cinemas de Santa Cruz do Sul. O novo filme da franquia de terror, que promete ser o ponto final da história, está em cartaz no Cine Santa Cruz e no Cine Max Brasil. A obra original, em 2013, criada por James Wan, narrou um dos supostos casos sobrenaturais investigados pelo casal Ed e Lorraine Warren. O terror fantasmagórico, com custo de US$ 20 milhões, gerou US$ 320 milhões na bilheteria mundial.
Com o sucesso, Invocação do Mal tornou-se o Velozes e Furiosos e o Transformers do gênero de horror. Diante do lucro, diversas continuações e derivados foram lançados nos cinemas, resultando em US$ 2,1 bilhões em vendas de ingressos no mundo. Nascia o famigerado “Invocaverso”, apelido recebido pela saga no Brasil, com nove filmes até o momento.
O Último Ritual foi anunciado como último filme com o casal Warren como protagonista. A promessa era explicar por que a investigação da assombração à família Smurl foi o derradeiro caso deles. Após os eventos de A Ordem do Demônio, no qual Ed por pouco não morreu devido a um problema no coração, os dois decidem afastar-se dos fantasmas e demônios, realizando palestras. No entanto, uma entidade maligna, que está conectada aos investigadores, passa a perturbar os Smurl e provoca ataques violentos.
Passados 12 anos desde o filme original, é perceptível a dificuldade de provocar medo na plateia. Afinal, após tantas continuações (e outras obras que copiaram a fórmula de sucesso), como fazer para que a plateia se assuste?
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Michael Chaves, que assumiu a direção no lugar de Wan, se esforça em O Último Ritual. Ele prolonga o máximo possível os momentos de atenção para tentar fazer com que os espectadores se sintam seguros para finalmente (tentar) provocar medo. Às vezes, o truque funciona. No entanto, quando começa a se repetir, os espectadores mais atentos o percebem e conseguem se preparar para o próximo susto.
Chaves (diretor de A Ordem do Demônio) ainda tenta ser mais sutil do que no filme anterior, com menos momentos de espantos abruptos e gratuitos. Por vezes, veem-se apenas silhuetas nas sombras, aumentando a tensão, ou figuras paradas em um canto da sala.
Já o roteiro, escrito a três mãos, foca nos dramas dos Warren em lugar das desgraças e perturbações que assolam os Smurl. Ao deixá-los em segundo plano, perde-se um pouco da tensão, já que não se cria um vínculo com a família.
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Aos tropeços, O Último Ritual fecha o fim de uma série que, para o bem e para o mal, marcou uma década. Mesmo com defeitos, entrega o que promete: sustos e diversão. É como um trem-fantasma de parques de diversões, com seus altos e baixos, do qual, ao final do trajeto, se sai satisfeito, mas sem lembrar exatamente do motivo. Agora, é mesmo o fim do “Invocaverso”? Independente da opinião da audiência, se fizer dinheiro, os executivos continuarão a nos assombrar com mais sequências.
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