A 7ª Semana Lixo Zero, que começou na segunda-feira, 20, em Santa Cruz do Sul, proporcionou nessa terça, 21, momentos de reflexão e conscientização ambiental para crianças e jovens de escolas do município e região. Os estudantes se reuniram para acompanhar o Eco Talks – Jovem e o Clima, com Sophia Maia e Davi Ferreira, jovens líderes que atuam em conferências e iniciativas voltadas à sustentabilidade e à conscientização climática. O evento ocorreu no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Presidente Castelo Branco, de Lajeado, Sophia sempre gostou da temática do meio. Após as emergências climáticas vividas em 2023 e 2024 no Rio Grande do Sul, ela sentiu necessidade de começar a atuar.
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Foi então que ingressou no Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas da Universidade do Vale do Taquari (Univates). “Senti que, para além do meu amor à ciência, eu tinha que ter um pouco de paixão pelo ativismo também”, afirmou.
Sophia foi a mais jovem delegada do Brasil que participou da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada nos dias 4 a 9 de maio, em Brasília. A partir dessa experiência, envolveu-se mais diretamente com projetos ligados a políticas públicas e palestras. Para ela, ser uma jovem engajada nesse meio é um ato de coragem. “Precisamos conscientizar os jovens de que não somos só o futuro, mas o presente também.”
Davi interessou-se pela causa ao participar da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). O aluno do 7º ano da Escola Estadual São Rafael, de Cruzeiro do Sul, contou que começou a se aprofundar no tema a partir dessa oportunidade.
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Durante o Eco Talks, Davi falou sobre sua trajetória e a experiência de integrar a conferência. Segundo ele, um dos pontos mais importantes é a educação ambiental, não somente nas escolas, mas em eventos para a comunidade em geral.
Débora Leonhardt, engenheira ambiental e embaixadora do Coletivo Lixo Zero de Santa Cruz do Sul, destacou que o evento representou um marco importante para a comunidade. A iniciativa contou com o apoio de parceiros como Sebrae-RS, Sicredi Vale do Rio Pardo, Escola Educar-se e Fundação para Proteção Ambiental de Santa Cruz do Sul (Fupasc), reunindo cerca de 650 estudantes.
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Débora ressaltou que o objetivo foi inspirar os jovens a se tornarem protagonistas da mudança e a pensarem em um futuro mais sustentável. Porém, lembrou que a transformação depende de todos e não apenas das novas gerações. “Podemos mudar esse paradigma e termos um espaço para viver melhor.” A programação da 7ª Semana Lixo Zero ocorrerá até domingo com diversas atividades. A lista pode ser conferida no Instagram @lixozeroscs.
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Também participaram da iniciativa estudantes da Escola Municipal Guilherme Hildebrand, de Santa Cruz do Sul, que fazem parte de projetos ambientais. Helena Schmidt, de 11 anos, integra o Grêmio Estudantil como diretora de Saúde e Meio Ambiente. Ela fará parte da Cooperativa Ecos da Educação, que ainda será fundada. A aluna do 6º ano disse que acha a pauta ambiental interessante. “É bem legal, gosto de acompanhar eventos como esse.”
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Os alunos do 8º ano Tauane Faber, 14, e Arthur Gonçalves, 13, integram o projeto Escola Sustentável, realizado junto à Fupasc. A partir da iniciativa, a escola faz atividades como separação de lixo, cuidados com a horta e apresentações. Arthur destacou uma ação no Bairro Progresso, onde foram recolhidos cerca de 700 quilos de lixo. “Foi bom para o bairro e teve o envolvimento de boa parte da comunidade”, relembrou.
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Acontece nesta quarta-feira, 22, o Dia D Sem Sacola Descartável, que convida a população a repensar hábitos e adotar alternativas mais sustentáveis no dia a dia. A proposta é simples: passar um dia inteiro sem usar sacolas plásticas, optando por reutilizáveis como ecobags, mochilas ou caixas.
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A ação busca chamar a atenção para os impactos ambientais causados pelo uso excessivo de plásticos descartáveis. Além de demorar centenas de anos para se decompor, essas sacolas são produzidas a partir de materiais não renováveis, o que agrava o problema do consumo e do descarte.
Segundo Débora Leonhardt, pequenas atitudes podem gerar grandes transformações. “A mudança começa quando a gente percebe que atitudes simples têm um impacto enorme. Ao recusar uma sacola hoje, nós estamos ajudando a reduzir o desperdício e a construir um futuro mais limpo.”
O Dia D Sem Sacola Descartável pretende fortalecer um movimento coletivo em favor do meio ambiente. A iniciativa reforça a importância de repensar o consumo e adotar práticas que contribuam para um planeta mais sustentável.
Colaborou John Kaercher Machado
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