Nos últimos anos, o feminicídio tem ganhado destaque nas discussões sobre violência de gênero no Brasil. Mas o que exatamente é esse crime e por que ele é tão preocupante? O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Desde a Lei nº 13.104/2015, é qualificadora do homicídio quando há violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher.
Com o Pacote Antifeminicídio (Lei nº 14.994/2024), passou a ser crime autônomo, com pena de 20 a 40 anos, considerado hediondo, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Ou seja, nem todo homicídio de mulher é feminicídio. O que o diferencia é a motivação de gênero, geralmente vinculada ao machismo, misoginia ou desigualdade estrutural.
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A legislação foi um avanço essencial no enfrentamento à violência de gênero, mas, como lembra o advogado Maurício Batista, a lei sozinha não basta. De um lado, ela é uma ferramenta de proteção indispensável e um marco civilizatório: reconhece a gravidade do feminicídio e aumenta o rigor punitivo contra quem pratica violência letal contra mulheres.
De outro, é preciso ter consciência de que o uso indevido da lei fragiliza a sua credibilidade. Há situações em que denúncias podem ser feitas por motivação de ciúmes, vingança ou desejo de retirar o homem do lar, o que desvirtua o espírito da norma e gera injustiças. “Por isso, é fundamental que tanto autoridades quanto a sociedade ajam com responsabilidade. Não brincar com a lei, pois ela existe para proteger vidas e não para ser instrumento de disputa pessoal”, reforça Batista.
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O combate ao feminicídio depende do engajamento coletivo. Não basta apenas prender e punir, é preciso também:
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Batista afirma que o feminicídio é uma das formas mais brutais de violência e um grave atentado aos direitos humanos. A legislação brasileira avançou muito, mas ainda falha em proteger efetivamente todas as mulheres. É preciso compreender que denúncias falsas minam a credibilidade da lei, mas, ao mesmo tempo, lembrar que a grande maioria das vítimas é real e continua sendo assassinada todos os dias no País em razão da misoginia. Portanto, destaca o advogado, a mensagem é clara:
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“Somente assim será possível transformar a lei em uma ferramenta de justiça verdadeira, capaz de salvar vidas e construir uma sociedade mais justa e segura”, conclui o advogado.
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