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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Litoral, o nosso refúgio

O veraneio em janeiro e fevereiro é mais do que um hábito. É uma convenção sagrada. Pessoas que se mudam para o Rio Grande do Sul estranham o movimento incontrolável em direção às praias a partir do feriado de 12 de outubro. Com o tempo, porém, alguns amigos “estrangeiros”, que se aquerenciaram em solo gaudério, incorporaram esse comportamento para engrossar o tráfego da free-way.

Escrevi inúmeras vezes sobre a admiração que tenho por aqueles que se aventuram na tentativa de conquistar um mandato de prefeito. Administrar um município – não importa de que tamanho – é renunciar à família, amigos, lazer e privacidade. Mesmo fazendo o melhor, o mandatário é eterno alvo de críticas, reclamações, chantagens e cobranças. Ônus da figura pública.

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Com exceções, o veranista só lembra as cidades litorâneas quando a temperatura aumenta. Depois de descarregar o carro, limpar a casa e fazer o primeiro dos inúmeros churrascos, ele começa a reclamar. Vocifera contra a iluminação pública, falta de capina e de água, pede praia limpa (mas joga entulho na areia). Pede recolhimento regular de lixo e trânsito organizado, embora desrespeite as regras básicas do Código de Trânsito Brasileiro.

Em 2020, os prefeitos do Litoral estão sendo ainda mais exigidos porque uma legião deslocou-se para a beira-mar. Primeiro nos fins de semana, mas com o recrudescimento da pandemia famílias fixaram residência.

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Muitos profissionais, mesmo os não liberais, notaram que o home office exercido na praia funciona e até melhora os resultados, sem falar no aumento da qualidade de vida à beiramar. A emergência da pandemia mostrou que é possível trabalhar através de uma nova modalidade de expediente. A internet permite que tenhamos mais tempo com a família, sem comprometer a produtividade do nosso dia a dia.

A saúde mental das pessoas está abalada. Mal “achatou a curva” e o fantasma da “segunda onda” mantém o terror das manchetes que se mantêm desde março. Ir à praia, prezados leitores, mais do que nunca é um bálsamo para nós, veranistas. Mas um tormento para os prefeitos.

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