Lula Werner junto à tela de apresentação na qual ele presta homenagem a Vivaldi
Assim como o compositor e músico Antonio Vivaldi traduziu o ciclo da natureza em notas, o artista plástico Luiz Alberto Werner, o Lula, recriou-o em cores. Inspirado nas célebres As Quatro Estações, ele apresenta uma série de 41 pinturas de óleo sobre tela que traduzem, em diferentes estilos e cores, as emoções e transformações que marcam cada uma das estações do ano.
A ideia da mostra surgiu a partir do concerto Primavera. Lula analisou a melodia e percebeu o potencial para a pintura. “Pensei, se ele levou esse sentimento para a música, por que não transferir isso para as telas?”, relembra. Então, iniciou a pesquisa sobre como poderia retratar a sequência, etapa que durou quase um ano. Em 2021, iniciou as primeiras obras.
Foram cinco anos dedicados à exposição que reúne uma tela de apresentação e dez conjuntos de quatro telas. A primeira é uma homenagem a Vivaldi e as demais retratam as estações do ano através de paisagens de Veneza, art noveau, figuras femininas em rostos e com tecidos em movimento, criações abstratas e paisagens com as belezas de cada estação.
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Tendo tido uma experiência em 2019 com outra exposição, Lula Werner optou pelo Residencial Rosa Center para manter a sequência das obras. “Quando entrei no espaço, já imaginei como seria a distribuição. O ambiente junto da luminosidade ficou perfeito.”
Lula atribui a dedicação e a paciência para criação das obras aos seus 52 anos de experiência com a arte. Para traduzir as músicas em pinturas, conta que deixou as ideias fluírem e criou a exposição a partir de uma sequência, o que fez com que se mantivesse interessado.
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Tamanha foi a imersão no desenvolvimento do trabalho, que ele precisou entender o momento de parar nas 41 obras que integram a mostra. “É como se algo tivesse sido transferido para mim. Esse momento foi bem aproveitado”, define.
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Para Lula Werner, cada uma das quatro estações retratadas em sua nova exposição trouxe desafios e encantos próprios. O artista conta que, inicialmente, o inverno pareceu o período mais difícil de traduzir em cores, justamente por carregar um caráter mais introspectivo. No entanto, foi nesse mergulho interior que descobriu a beleza presente até nas nuances mais frias e sombrias. Já a primavera, segundo ele, revela-se como o ápice da transformação e da exuberância.
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Ele acredita que o valor do trabalho não está em eleger uma tela favorita, mas na força do conjunto e no convite à reflexão que a mostra propõe. “Não é simplesmente uma coleção, é um trabalho profundo de introspecção”, afirma. O artista santa-cruzense deseja que as obras não sejam apenas contempladas pelo visual, mas entendidas pela transformação que despertam em cada pessoa.
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