Moacir Rosa: preocupação com o impacto que a chuva pode ter nas vendas
No ápice da safra, as melancias já colorem as ruas em bancas espalhadas por Santa Cruz do Sul. Em pontos tradicionais, os vendedores comemoram a qualidade do fruto.
O produtor Moacir Rosa, que administra a banca localizada na Avenida Independência há 30 anos, conta que o recente período chuvoso favoreceu o desenvolvimento. “Nas três primeiras semanas da safra, a seca impactou no tamanho das melancias, mas ajudou na doçura”, destaca.
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Fenômeno que, de acordo com o chefe do escritório da Emater/RS – Ascar de Rio Pardo, Matias Mauri Streck, espalha-se pelos 600 hectares de área plantada no município, especialmente em Passo da Areia e arredores. Segundo ele, houve redução de 16% na colheita dos cerca de 50 produtores da região. “A falta de chuva afetou a produtividade nas lavouras plantadas em agosto. Áreas com potencial de colheita de 30 toneladas chegaram apenas a 25”, destaca.
Ele explica que o clima influenciou negativamente em duas ocasiões nesta safra. Primeiro, nas lavouras plantadas em agosto e setembro, as noites frias dificultaram o desenvolvimento das plantas, com perda de produção em diversas propriedades. Já em novembro, foi a vez da época de seca, chegando a 30 dias sem chuva em áreas que não eram irrigadas.
“Essas lavouras começaram sofrendo com o clima frio e depois com a falta de água, resultando em frutas de tamanho menor”, explica. Porém, o sabor do produto se destaca em relação a anos anteriores. De acordo com Streck, a aferição do teor de açúcares nos frutos, conhecido como “grau brix”, está alta. “Apesar dos problemas causados pelo clima, o período da frutificação foi favorecido, com crescimento de frutos com uma boa polpa e uma quantidade de açúcar muito concentrada.”
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Na banca localizada na esquina das ruas Coronel Oscar Jost e São José, Oli Rodrigues Joaquim comemora a qualidade. “Está chovendo na hora certa e as melancias estão docinhas e graúdas”, comenta. Cultivadas em Passo da Areia, elas chegam a pesar na faixa dos 17 aos 20 quilos.
Com expectativa de colher 450 toneladas em sua plantação na mesma região, Rosa está preocupado com o impacto do clima também sobre o resultado dos negócios. “A chuva atrapalha as vendas, já que as pessoas não consomem tanto. O consumo é maior no calor, no sol, e está menor que no ano passado”, diz. Ainda assim, projeta melhora até o fim da safra, em fevereiro, mês em que as precipitações tendem a diminuir.
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