Desde 2018, Michele Henn Waechter, de 42 anos, exerce um trabalho que precisa de muita força e amor. Ela atua, voluntariamente, na Liga Feminina de Combate ao Câncer de Santa Cruz do Sul. Concilia o trabalho de presidente da entidade com os compromissos profissionais – formada em Jornalismo, tem uma empresa de comunicação –, além do desafio de ser mãe de Milena, de 12 anos, e Leonardo, 6.
Michele conheceu o trabalho da Liga por meio do Hospital Ana Nery, onde trabalhou por muitos anos. Além disso, a mãe dela é voluntária da entidade, e com ela também pôde acompanhar ações e eventos do grupo.“Eu vou conciliando minhas atribuições profissionais e familiares com o voluntariado e mantenho contato direto com nossa secretária. Em outubro, por exemplo, em função do Outubro Rosa e da Oktoberfest, meu envolvimento com questões pertinentes à Liga é muito maior.”
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Para receber apoio da Liga, o paciente (homens e mulheres) precisa apresentar documento, comprovante de residência em Santa Cruz, comprovante de renda familiar de até três salários mínimos e laudo/atestado que comprove o diagnóstico de câncer. A partir disso, passa a receber visitas domiciliares de voluntárias. São elas que entregam as cestas básicas, roupas, cobertores com quadradinhos de tricô, mimos em datas comemorativas. “Além disso, levam carinho e amor.”
O paciente cadastrado recebe um auxílio com medicamentos de até R$ 170,00/mês. Ele apresenta a receita na sede da Liga e recebe uma autorização para ir até uma farmácia cadastrada, onde retira o medicamento. O paciente recebe também suplementos alimentares, mediante receita da nutricionista do centro de oncologia do Hospital Ana Nery.
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Todo o trabalho é 100% voluntário e a entidade conta apenas com uma secretária contratada, que trabalha de segunda a sexta na sede da Liga, das 7h30 às 12 horas e das 13 às 17 horas. É ela que recebe as solicitações de medicamento, suplementos, realiza e atualiza cadastros dos pacientes e auxilia nas demandas burocráticas.
Michele e as demais que integram a entidade precisam desempenhar a função com empatia e carinho. Essas mesmas atribuições precisam ser exercidas pelos familiares. “Muitas vezes as pessoas não sabem como lidar com a doença e acabam se afastando justamente no momento em que o paciente mais precisa. Empatia e solidariedade devem ser os norteadores.”
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“O melhor caminho a ser percorrido é realizar o tratamento de cabeça erguida, com otimismo e confiança.” Como a enfermidade afeta o emocional, Michele diz que é preciso aceitar ajuda. “Ter a oportunidade de falarmos sobre o que estamos sentindo, quais são os medos, angústias e expectativas, pode ajudar bastante.”
Com o encerramento da gestão, no fim do ano, Michele quer buscar outras fontes de renda para a entidade, profissionalizando o trabalho de captação de recursos. “Fizemos uma parceria com uma empresa especializada nesta área e os frutos estão começando a ser colhidos.”
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