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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Moradores da Praça Getúlio Vargas querem oportunidade para voltar a trabalhar

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Falta de oportunidade é a justificativa apresentada por três homens que moram na rua em Santa Cruz do Sul. Eles adotaram a Praça Getúlio Vargas como espaço para se abrigar. O trio faz parte de um grupo que fica concentrado nos fundos do Quiosque, com dez a 15 pessoas. O alcoolismo fechou as portas para muitos deles que, agora, sofrem com a dificuldade para reabri-las. Por vezes, eles buscam refúgio no Albergue Municipal, aberto diariamente a partir das 20 horas.

André Luiz dos Santos, de 47 anos, é taxativo. “Ninguém gosta de viver na rua”, afirma. Santa-cruzense, ele explica que tem experiência na construção civil. “Me dá uma planta que eu levanto a casa”, garante. Segundo André, a Prefeitura fornece roupas quando solicitam. Em relação à alimentação, pessoas da comunidade os auxiliam. “Tem muita gente boa, que nos dá comida”, comenta.

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Com 49 anos, Rodinei de Souza é servente de pedreiro. A falta de perspectiva diante da escassez de serviços o conduziu à vida nas ruas. Questionado sobre o preconceito que eventualmente possa sofrer, assegura que isso parte de uma minoria. “O pessoal sabe que somos de respeito. Com a maioria das pessoas, é tranquilo”, avalia. Tanto Paulo como Rodinei são de Santa Cruz do Sul.

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Crédito: Rafaelly Machado
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A presença dos moradores em situação de rua já é de conhecimento da Prefeitura e das forças de segurança. Um empresário ouvido pela Gazeta do Sul relatou problemas com alguns dos homens, que o teriam ameaçado e a outros comerciantes da região central. Para a secretária de Políticas Públicas e Assistência Social, Guiomar Rossini Machado, as tentativas de levar o grupo para o albergue, onde podem dormir e usufruir de toda a estrutura, costumam ser em vão. “No albergue não pode usar drogas, nem estar alcoolizado, e muitos preferem ficar na rua”, conta.

Uma oportunidade para os moradores pode surgir a partir do mês que vem, conforme Guiomar. A Secretaria de Políticas Públicas oferece mais uma edição do Projeto Mão na Massa, com uma turma voltada para pessoas em situação de rua e que frequentam o albergue. “É para tentar resgatar esses moradores, para que ele possam ter um auxílio ou um emprego. Não é o correto eles ficarem na rua, mas vai além das políticas públicas”, afirma.

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