Cidade ficou coberta durante boa parte da manhã de segunda-feira. Condensação próxima à superfície, chamada de shallow fog, é diferente da cerração comum, que pode ter altura de dezenas ou centenas de metros | Foto: Antonio Gomes/Divulgação
Os moradores da cidade de Santa Cruz do Sul que abriram a janela ou saíram para a rua nas primeiras horas da manhã dessa segunda-feira, 21, encontraram a paisagem escondida sob a formação de um nevoeiro raso. O fenômeno chamou a atenção pela pouca visibilidade, como se uma nuvem tivesse descido para descansar sobre o solo.
O professor de Ciências Humanas e coordenador de Convivência da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), Antonio Gomes, registrou o espetáculo na subida para o Bairro Monte Verde. Na primeira imagem, às 7h15, é possível enxergar apenas as pontas das torres da Catedral São João Bastista. Com a cerração se dissipando aos poucos, começaram a aparecer as partes mais altas dos edifícios.
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A MetSul Meteorologia explica que o nevoeiro raso é um tipo específico, com características próprias e um processo de formação particular. Chamado em inglês de shallow fog, é uma forma de condensação próxima à superfície que reduz a visibilidade horizontal, mas permanece confinado a uma camada muito fina, geralmente com menos de 2 metros de espessura. Ele é diferente da cerração comum, que costuma se estender por dezenas ou até centenas de metros em altura.
A análise da MetSul é de que o pior do inverno já passou, com base nas curvas históricas de temperatura, no que se observou durante este ano e no que indicam modelos numéricos para os próximos dias e semanas. Mas isso não deve ser interpretado como o fim do frio ou de que não haverá mais dias de temperatura baixa na estação.
A MetSul prevê que o frio não irá rivalizar, na relação de intensidade e persistência, com o que já se registrou neste inverno. O período com temperaturas mais baixas ocorreu entre o fim de maio, quando o Sul do Brasil teve a maior nevada desde julho de 2021, e a primeira quinzena de julho. O período entre 20 de junho e 10 de julho, em particular, foi gelado e até atipicamente frio, por temperaturas muito abaixo da média.
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A tendência, agora, é de que não haja frio persistente no restante da estação e sejam observados, inclusive, períodos de temperatura acima ou perto da média, intercalados com outros de frio. Esse modelo, em suas rodadas do começo de julho, sinalizava um agosto mais frio do que nas mais recentes saídas. A tendência mensal para o Sul do Brasil, que era de temperatura pouco abaixo ou na média, passou para média ou pouco acima, no geral.
A MetSul Meteorologia aponta que a chuva e a nebulosidade devem marcar presença até a próxima sexta-feira, 25 de julho, feriado do Dia do Colono e Motorista. Essas condições climáticas também impactam as temperaturas, com manhãs frias e de forte sereno e tardes de clima mais agradável. As mínimas devem variar entre 9 e 12 graus, enquanto as máximas ficarão entre 15 e 22 graus. A chuva chega à região na quinta-feira, 24, que também deve ser o dia mais frio da semana. Os dias chuvosos poderão persistir até a próxima semana.
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