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COP 9 começa nesta segunda-feira; entenda os principais pontos

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Iqos é um dispositivo de tabaco aquecido

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A cadeia produtiva do tabaco voltará suas atenções ao longo da próxima semana para a nona sessão da Conferência das Partes (COP 9), que começará nesta segunda-feira, 8, e segue até o dia 13. Mais uma vez, a regulamentação dos chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que seguem proibidos no Brasil, estará em pauta. A previsão, porém, é de que o evento não gere decisões de impacto para o setor neste ano.

O importante é que esses produtos reduzem o risco à saúde. O governo deveria se preocupar em liberar o quanto antes.

Romeu Schneider, presidente da Câmara Setorial do Tabaco
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A nona sessão estava prevista para 2020 e ocorreria em Haia, na Holanda, mas foi adiada em razão da pandemia. Embora confirmada para este ano, será realizada de forma virtual. De acordo com a secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq), Tânia Cavalcante, por conta das limitações não há previsão de encaminhamentos mais substantivos, que ficarão para a COP 10, em 2023. Com isso, a pauta deve se restringir à continuidade de discussões que já estavam em andamento nos grupos de trabalho e a questões orçamentárias. Outros temas que preocupam o setor, como restrições à produção e aumento de impostos sobre cigarros, também devem ficar de fora.

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A questão dos DEFs está na pauta da COP, pelo menos, desde 2016, quando na sétima sessão, realizada na Índia, definiu-se que os países deveriam adotar providências para conter a proliferação de cigarros eletrônicos e dispositivos de tabaco aquecido, entre outros. Esses produtos são defendidos como forma de oferecer uma opção com menos riscos à saúde para atender à demanda por tabaco, que está em queda, mas ainda é significativa, e evitar que os consumidores migrem para alternativas oriundas do mercado ilegal. No entanto, a resistência por parte de entidades médicas e organizações antitabagistas ainda é muito forte.

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Comércio ilícito também vai ser assunto

Após a COP, será realizada, entre os dias 15 e 17 de novembro, a segunda reunião das partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco (MOP 2), que também será virtual. O protocolo passou a ser avaliado durante a COP 5, realizada na Coreia do Sul, em 2012, mas motivou a primeira reunião em Genebra, em 2018.

Um dos pontos em discussão é o desenvolvimento de um mecanismo global de rastreamento de cigarros. O Brasil, que ratificou o acordo em 2017, é considerado pioneiro nessa área, em virtude da criação do Sistema de Controle e Rastreamento da Produção de Cigarros (Scorpios). Ele conta com equipamentos que permitem tanto a apuração do que é fabricado quanto o rastreamento dos produtos no território nacional, como forma de inibir a importação ilegal e a comercialização de itens falsificados.

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De acordo com Tânia Cavalcante, uma sinalização importante se deu em reunião regional preparatória para a MOP. Ela foi coordenada pelo governo do Paraguai, um ator decisivo em nível de América do Sul, já que se trata da origem de boa parte do cigarros ilegais que circulam pelo continente. “O Paraguai tem dado sinais muito relevantes de que está disposto a avançar em relação a isso. Existe um movimento para que também ratifique o protocolo”, analisou.

Cadeia produtiva vai ficar de fora de novo

Como ocorreu em todas as edições anteriores, a cadeia produtiva do tabaco não terá representação na COP 9. Embora diretamente afetado, o setor – tanto produtores quanto indústria – sempre teve negado o acesso às discussões.

Segundo o presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, o fato de não haver perspectiva de decisões na sessão deste ano gera uma tranquilidade maior do que em outros anos. No mês passado, em um inédito movimento de abertura, o Ministério da Agricultura, a pedido do Ministério das Relações Exteriores, solicitou um posicionamento formal do setor em relação às pautas da COP.

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Na resposta, a cadeia defendeu que o governo adotasse uma posição de neutralidade em relação aos eletrônicos até que a Anvisa conclua a análise, e que não apoiasse novos aumentos de impostos sobre cigarros. Apesar da sinalização, até agora não houve qualquer retorno à manifestação.

Segundo Schneider, a preocupação com a COP é permanente, devido à possibilidade de adoção de medidas que possam prejudicar a cadeia e, sobretudo, o elo mais fraco, que são os fumicultores. “Em outros anos já se discutiu, por exemplo, a proibição de assistência técnica aos produtores e a redução de área de plantio”, alegou.

Para Schneider, manter a proibição dos eletrônicos apenas estimula a ilegalidade | Foto: Bruno Pedry

Na visão de Schneider, não há mais como adiar a regulamentação dos eletrônicos, uma vez que o consumo, na prática, já é grande. Manter a proibição, alega, só estimula a ilegalidade. “O importante é que esses produtos reduzem o risco à saúde. O governo deveria se preocupar em liberar o quanto antes, porque é uma mudança de comportamento”, observa.

Outro aspecto que preocupa o setor são possíveis aumentos na tributação de cigarros. O argumento é de que a diferença no custo, agravada pela política do preço mínimo, estimula consumidores a buscarem o mercado irregular. A cadeia defende uma revisão tributária para que seja possível oferecer um produto mais barato e competir com o ilegal.

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