Foto: Marcio Souza
O setor primário do Rio Grande do Sul tem um 2025 movimentado no que se refere à busca por mecanismos facilitadores para o pagamento de dívidas. O pedido principal é pela securitização, com a possibilidade de quitação em até 20 anos. Enquanto isso não evolui, ações têm sido anunciadas pelos governos. Nessa sexta-feira, 5, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória (MP) que libera R$ 12 bilhões para a renegociação dos débitos rurais.
A expectativa é de que a ação represente apoio para até 100 mil produtores, em especial pequenos e médios, que tiveram com secas e enchentes nos últimos anos. Não se trata de uma MP específica para os gaúchos, mas deve atendê-los em grande número, pois o setor vem de cinco anos de perdas com estiagem e cheias, incluindo a maior catástrofe ambiental da história, em 2024.
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Em vídeo, Lula explicou que a renegociação poderá ser feita por produtores que perderam duas safras nos últimos cinco anos. “Tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor. A medida vale para pequenos, médios e grandes produtores com duas perdas de safras nos últimos cinco anos, em municípios que decretaram calamidade duas vezes no período”, explica.
De acordo com o governo federal, essa renegociação tem capacidade de alcançar cerca de 96% dos pequenos e médios agricultores que hoje estão inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. Assim, eles poderão regularizar a sua situação financeira e manter a produção de alimentos.
Para aderir, o produtor precisa comprovar que teve perdas de safra nos últimos cinco anos e estar localizado em municípios que decretaram estado de calamidade ao menos duas vezes nesse período. O prazo de pagamento será de até nove anos, com carência de um ano.
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Os R$ 12 bilhões serão repassados do Tesouro Nacional para os bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com o BNDES na estruturação. As taxas de juros serão mais baixas que as praticadas no mercado. Elas irão variar de acordo com o porte do produtor. Cerca de 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais.
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Os limites de crédito vão de R$ 250 mil no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) até R$ 1,5 milhão no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e R$ 3 milhões para os demais.
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A regulamentação das condições será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é responsável por estabelecer os tetos e parâmetros finais. Já o risco de crédito será integralmente assumido pelas instituições financeiras.
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