Docentes da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e cirurgiões-dentistas da rede de atenção básica do município divulgaram, na última semana, os resultados de uma pesquisa realizada em 2024 que avaliou a saúde bucal de crianças de 5 e 12 anos matriculadas em escolas pública municipais, tanto da área urbana quanto rural. O estudo traz dados relevantes e reforça a parceria estratégica entre a Unisc e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul para a melhoria da qualidade de vida da população.
A apresentação dos resultados, realizada no auditório do Memorial da Unisc, reuniu gestores das secretarias municipais de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, além de representantes das escolas, estudantes e docentes. A pesquisa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e é um marco para as ações do município, pois resultou em informações atualizadas para a criação e ajuste de políticas públicas de prevenção e promoção da saúde bucal, garantindo que a distribuição de recursos seja baseada em dados reais.
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A pesquisa desenvolvida por docentes e acadêmicos do curso de Odontologia da Unisc, em parceria com cirurgiões-dentistas da Rede de Atenção Básica do município, revelou a prevalência de cárie aos 5 e 12 anos de idade. Os resultados foram comparados com o cenário nacional, destacando que a situação local se apresenta mais favorável em relação ao restante do país, conforme o levantamento nacional de 2023.
Entre os dados obtidos por meio da pesquisa, também foi analisado o impacto da Lei Estadual 15.216/2018, que proíbe a venda de alimentos que colaborem para a obesidade, diabetes, hipertensão, em escolas do Rio Grande do Sul. Um dos objetivos foi verificar se a lei contribuiu para a redução do consumo destes alimentos, que também colaboram com a ocorrência de cárie, entre os estudantes.
Os números revelaram um cenário positivo. Em um universo de 441 estudantes de 12 anos de idade, 53,97% afirmaram não consumir na escola itens como balas, pirulitos, chocolates, bolachas recheadas ou salgadinhos. A situação é ainda mais expressiva quando se trata de bebidas açucaradas: 79,72% dos 434 alunos entrevistados disseram não consumir refrigerantes, sucos de caixinha ou em pó no ambiente escolar. Os dados sugerem que a legislação pode estar influenciando os hábitos alimentares dos adolescentes, o que é um passo importante para a melhoria da saúde bucal e geral da população estudantil.
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A vice-reitora da Unisc, professora Andréia Valim, ressaltou a importância da colaboração conjunta para o sucesso da iniciativa. “Se a gente entende a escola como o foco de mudança da nossa sociedade, a gente entende que esse deve sempre ser o público-alvo principal das nossas ações. É por meio da integração, por meio da ação da escola, que a gente transforma a vida daquela criança, daquele adolescente, da sua família e, por consequência, do seu entorno.” A vice-reitora destacou também o papel da Unisc como uma Instituição Comunitária, dedicada a gerar impacto positivo no desenvolvimento social e na saúde da região.
Para a coordenadora do projeto, professora Renita Baldo Moraes, “o sucesso da pesquisa só foi possível com a atuação integrada da universidade e do município, a colaboração e confiança das famílias e das escolas que permitiram a participação das crianças. O apoio da comunidade é essencial para a continuidade de projetos como este, que visam promover e aprimorar cada vez mais a saúde pública e a qualidade de vida das pessoas”, frisou.
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O secretário municipal da Saúde, Rodrigo Rabuske, e a coordenadora do projeto no município, cirurgiã-dentista Denise Henriqson, também participaram do evento e reforçaram que a união entre a Unisc e o município é fundamental para avanços significativos nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento social.
Ao mesmo tempo que os resultados obtidos servirão de subsídio para a promoção de melhorias na saúde e na qualidade de vida da população, a participação dos acadêmicos de graduação proporcionou uma experiência prática enriquecedora para sua formação. Além disso, pais e responsáveis foram informados sobre as condições de saúde bucal de seus filhos e a importância de buscar atendimento profissional quando necessário.
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