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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Pedro Guindani: a distopia de cada dia

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"Stone Heart" foi uma das obras apresentadas nessa terça-feira

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Nada mais animador, para quem está no meio audiovisual, do que voltar às sessões presenciais de cinema, depois de tanto tempo de restrições – e, melhor ainda, contar com toda a efervescência e troca de experiências que se dá num ambiente de festival. Também por esse espírito de alegria e otimismo, chama atenção o quanto as obras em tela contrastam com esse clima: mais alinhados com a exaustão de um país em crise moral e econômica e a descrença de uma classe artística atingida por um intenso desmonte de políticas setoriais, os curtas mostram perspectivas sombrias, tanto ao apresentar recortes realistas e contemporâneos com ênfase em temáticas como o racismo e a desigualdade social, quanto numa abordagem metafórica, em que universos distópicos futuristas simbolizam preocupações muito presentes.

As possibilidades que a animação oferece para universos fantásticos são exploradas a fundo por Stone Heart, curta amazonense com impecável trabalho de 3D. A fábula da criatura que se humaniza ao descobrir, em meio a um futuro áspero, a delicadeza de uma flor que o humaniza – para que, depois, lhe desperte os piores sentimentos humanos, como o egoísmo, numa obsessão crescente em protegê-la dos demais que resulta, afinal, em afastá-lo também de seu bem precioso.

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