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Pílulas da felicidade

Existem muitos mitos e verdades acerca dos antidepressivos. É fato que eles são uma das medicações mais prescritas e ainda pairam sobre eles muitas dúvidas e fantasias que pretendo, quem sabe, auxiliar a esclarecer.

Os primeiros antidepressivos datam do início da década de 1950. Como muitas grandes descobertas científicas, eles foram descobertos por acaso. Ao testar uma nova droga para tuberculose, observou-se que muitos pacientes que a usavam apresentavam uma melhora significativa de seu humor melancólico. Nascia assim a imipramina, potente antidepressivo que ainda é prescrito e usado como referência no teste comparativo com antidepressivos mais modernos. O grande problema dos antidepressivos mais antigos são seus efeitos colaterais. Não que as novas medicações não os tenham, mas são muito mais brandos e menos graves.

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Cada antidepressivo tem um perfil próprio de efeitos desejados e efeitos colaterais. Sendo assim, não há um remédio que resolva todos os casos. Até porque cada paciente é diferente. Não há um medicamento que seja melhor do que o outro. Tudo depende dos sintomas predominantes que a pessoa tem. O desafio do médico aqui é selecionar qual o melhor medicamento dentre todos para tratar a pessoa que está na sua frente. Muitas vezes não somente um, mas sim uma combinação de medicamentos.

Infelizmente, os antidepressivos levam em média três semanas para fazer efeito. O erro mais comum é não usar doses adequadas, por medo ou desconhecimento. Isso atrasa a melhora do quadro depressivo. Os efeitos colaterais mais temidos são perda de libido, ganho de peso e embotamento afetivo. Eles podem ocorrer? Sim. Mas são manejáveis e muitas vezes evitáveis

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Antidepressivos são anti depressão e não pró felicidade. Para ser feliz são necessárias muitas outras condições além da química. Mas, sem sobra de dúvidas, o tratamento adequado do transtorno depressivo é uma delas. Não tem como ser feliz estando deprimido.

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