Cultura e Lazer

Poeta e professor gaúcho lança obra “Migalhas do Mundo”

O poeta, escritor de livros de viagens (sobre cicloturismo) e professor gaúcho Demétrio de Azeredo Soster está de volta à publicação de poesia. Cinco anos após O sonho da sombra, lança Migalhas do mundo pela editora Bestiário, seu sétimo título nesse gênero. Natural de Porto Alegre, ele morou por quase duas décadas em Santa Cruz do Sul, onde atuou junto à Unisc. Atualmente reside em Aracaju, capital de Sergipe, sendo professor permanente de jornalismo do Departamento de Comunicação e do programa de Pós-graduação em Comunicação – Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Em Santa Cruz, foi escritor homenageado da Feira do Livro de 2022 e integra a Academia de Letras, hoje como membro correspondente.

Ao Magazine, Demétrio antecipa que ele tem três lançamentos em vista: o primeiro em Aracaju, ainda neste mês, e os outros dois em Porto Alegre e Santa Cruz, estes mais para o final do ano. O livro possui 102 páginas e está à venda por R$ 45,00 no site da editora (bestiario.com.br) ou diretamente com o autor, no e-mail deazeredososter@gmail.com. 

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Como salienta, o novo livro compõe-se de mais de 80 poemas, divididos em dois blocos. O primeiro reúne inéditos, elaborados no período da pandemia e sua transferência para Aracaju; o segundo constitui um apanhado de poemas publicados em suas obras anteriores. Ele os recupera com a finalidade de apresentar esse recorte para os leitores de Sergipe, que ainda não estejam familiarizados com seu trabalho. 

Da primeira parte, na série “Cantos da Floresta”, descortina um ambiente bucólico: “um verso sem pressa, esperando acontecer. / uma vontade de voltar, de não ser.”

O poeta gaúcho Celso Gut-freind, na apresentação, aponta: “Aqui leremos algo sobre muito assunto como a natureza, sobre a condição humana que sofre na noite e adoece, o jazz, a música, a violência, a cidade, o outro, a pergunta, a infância, uma verdadeira sinfonia temática, mas o grande tema de migalhas é mesmo o desejo”.

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Em paralelo à poesia, na qual estreou em livro em 2013, Demétrio registra ampla produção ensaística. Lançou cinco volumes com narrativas de viagens longas realizadas como ciclista. Como jornalista profissional, foi assessor de imprensa, repórter, repórter especial, subeditor, editor, editor multimídia, editor-executivo e gerente de redação de jornais, rádios e assessorias por pelo menos duas décadas e meia. E respondeu pela editora Catarse, em Santa Cruz, por meio da qual publicou cerca de 50 livros.

Demétrio mora na Cinelândia, no Bairro Atalaia, em Aracaju, e se dedica, além da pesquisa, do magistério superior e da literatura, “no plano esportivo, às corridas de rua e ao surfe; eventualmente ao ciclismo e ao skate; e, vez que outra, a caminhadas”.

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“como seria se fosse”

era pra ter sido
um poema, algo
que valesse a pena.
era pra ter sido
tempo gasto,
tempo lacrado.
era pra ter sido
tempo de ficar na cama,
tempo sem drama.

era pra ter sido
tempo de louça na pia,
tempo vazio, por um fio.
era pra ter sido
tempo pulsando,
pulsando, pulsando,

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tempo se perguntando
como é possível,
até quando.

“palavras”

palavras não servem
para descrever coisas.
palavras servem
para nos ajudar

a enxergar melhor
as coisas.
palavras são crianças
de muita personalidade.

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Romar Behling

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