Agronegócio

Por dentro da safra: o vento forte causou muitos estragos


Olá, pessoal! Tudo bem? Começamos esta semana com friozinho, mas com sol. Na semana passada, o acumulado da chuva chegou a 60 mm aqui em nossa propriedade. E a noite de sexta-feira foi de vento muito forte, que causou muitos estragos nas lavouras, em especial com a quebra de folhas do tabaco, ventania que ainda perdurou em parte do sábado. Estávamos fazendo desponte das flores e aplicando antibrotante, e a tarefa fica muito dificultada com vento. No domingo, o tempo melhorou, e então foi a vez de muitos produtores irem às lavouras, tanto para colher tabaco quanto para seguir nas demais tarefas. Nosso vizinho, seu Arsênio Dupont, inclusive aproveitou o dia para colher trigo, cuja safra foi bastante prejudicada pelo clima, em qualidade e em produtividade. Como ele comenta, sequer dará para recuperar o custo de produção.

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As plantas já revelam que se esgotou a reserva de nutrientes | Foto: Giovane Luiz Weber/Divulgação

As folhas começam a se entregar na lavoura

Desde ontem, estamos envolvidos novamente na colheita do tabaco, que deve seguir até amanhã ao meio-dia. O plano é encher duas estufas, das de tacos. Na semana passada, no intervalo entre as chuvas, conseguimos encher a de grampos. Como se pode ver pela foto acima, as plantas já revelam que se esgotou a reserva de nutrientes. Com o excesso de chuvas, as folhas simplesmente se entregam, e já na segunda apanha é preciso tirar muito mais folhas do que seria o normal. E nem adianta querer atropelar na colheita, pois a capacidade das estufas é limitada. Se encher demais, além da perda na qualidade, ainda há o risco de perder a própria unidade de cura.

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Clóvis Miguel Bartz, 50 anos; sua esposa Neusa Maria Stolben Bartz, 47, e o filho deles, o Cleiton, 19 anos, envolvidos na colheita | Foto: Giovane Luiz Weber/Divulgação

Um ano muito atípico em razão do clima

Essa safra está sendo um teste de paciência para todos os produtores na região. A instabilidade do clima e o excesso de chuvas, com poucos dias de sol, alteraram por completo o desenvolvimento normal do tabaco. Na foto acima estão nossos vizinhos, Clóvis Miguel Bartz, 50 anos; sua esposa Neusa Maria Stolben Bartz, 47, e o filho deles, o Cleiton, 19 anos, envolvidos na colheita. Clóvis comentou que planta tabaco há 16 anos mas nunca enfrentou uma temporada como a atual. Na expectativa de escapar dos dias de sol forte e calor no auge do verão, antecipou o plantio de 62 mil pés. O crescimento das plantas foi muito bom e parelho. Mas então começaram as chuvas, e com elas os problemas, como doenças, fungos e ataques de insetos. O resultado é que agora as folhas estão começando a se entregar muito rápido, e ele lamenta que a perda será grande tanto em qualidade como em volume.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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