Estudantes de sete escolas se reuniram para mostrar os trabalhos desenvolvidos | Foto: Elemir Polese/Divulgação
A manhã de quinta-feira, 27, foi diferente na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Cardeal Leme, em São Martinho, no interior de Santa Cruz do Sul. A escola virou palco de descobertas, sabor, ciência e protagonismo juvenil com o encerramento do Projeto Científico Diversidade Rural. Desde 2002, essa iniciativa incentiva estudantes a enxergarem no campo um território fértil de oportunidades.
Cerca de 130 alunos do 9º ano de sete escolas do interior do município se reuniram para apresentar os trabalhos que desenvolveram no ano. E não faltou criatividade: do uso medicinal da canela ao reflorestamento de áreas nativas, da inovação no pomar à produção de suplemento para terneiros, a diversidade rural se mostrou viva e pulsante em cada experimento.
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As apresentações foram avaliadas por uma comissão julgadora formada pelo casal de agricultores Irineu Raminelli e Iolete, de uma propriedade modelo em Sobradinho; pelo representante da Escola Família Agrícola, Evandro da Rosa Silveira; e pelo secretário municipal de Habitação, Andrei Barboza, um dos idealizadores do projeto.
Para Eduardo Soares, coordenador da iniciativa na Secretaria de Educação de Santa Cruz do Sul, o Diversidade Rural cumpre o papel de ampliar o olhar dos alunos sobre o potencial econômico e cultural da vida no campo. Mostra que a sucessão rural pode garantir mais renda, qualidade de vida e desenvolvimento para as comunidades.
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“Muitos jovens vão para a cidade e acabam em empregos com salários baixos. No entanto, muitas vezes eles deixam para trás propriedades bem estruturadas e repletas de oportunidades”, frisou.
Entre os trabalhos apresentados, chamou atenção o projeto Cebola, além do tempero, desenvolvido por Tamires Jasmin Stulp, 14 anos, e Larissa Seelig de Mello, 15, da Cardeal Leme. A dupla resolveu transformar a tradicional cebola em uma geleia caramelizada – produto que surpreendeu colegas, professores e até os jurados.
Antes disso, porém, foi preciso vencer desafios. “A primeira vez não deu certo, colocamos açúcar demais e cristalizou. Mas na segunda tentativa ficou boa e levamos para a Mostra da Afubra”, contou Tamires.
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A pesquisa foi além da cozinha: as alunas criaram o logotipo do produto, calcularam os custos de produção e descobriram usos medicinais da cebola e até da casca, utilizada para aliviar sintomas de gripes e resfriados. O resultado agradou tanto que já surgiram encomendas. “Um professor provou e quer um pote para a semana que vem. Em casa também adoraram”, comemorou Tamires.
Ao final do evento, todos os alunos receberam medalhas de participação e os três primeiros colocados levaram troféus para casa. Os premiados foram os projetos Explorando o Tamarillo, da Emef Rio Branco; Potencial da laranja – Inovação e valor no agronegócio, da Emef Felipe Becker; e Saberes, culturas e sustentabilidade no campo, da Emef Christiano J. Smidt.
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