Churrasco garantiu o almoço de sábado. Em média, associação promove seis encontros por ano em cidades do Rio Grande do Sul
O 24º Rancho Móvel movimentou o Parque da Oktoberfest ao longo da última semana. Com mais de uma centena de trailers e motorhomes, o evento reuniu cerca de 250 pessoas para um período de confraternização e práticas esportivas em Santa Cruz do Sul. A iniciativa começou há quase 40 anos, a partir de um grupo de amigos inspirados em um clube argentino que tinha como objetivo o convívio na estrada e a troca de informações, até se tornar a Associação Gaúcha de Proprietários de Veículos de Recreação.
Segundo o presidente da instituição, Vitor Hugo Silva Pochmann, a prática do caravanismo vem ganhando mais adeptos nos últimos anos a partir de novas possibilidades, o que possibilita também uma renovação no quadro de associados do Rancho Móvel. “Hoje nós temos a geração dos fundadores ainda na ativa e muitos novos integrantes que vão se agregando”, conta. Ele convida a todos que possuem um motorhome ou têm interesse em adquirir um para que conheçam a associação e participem das atividades.
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Em média, ocorrem seis encontros por ano em cidades gaúchas, mas o grupo também comparece a eventos em outros estados e até fora do Brasil. Pochmann salienta que o Rio Grande do Sul é o maior polo de construção desse tipo de veículo no País. Trata-se dos motorhomes que já saem das indústrias prontos para uso, mas os artesanais também estão em evidência. “As pessoas compram os ônibus ou vans e vão transformando ao seu tempo.”
Quem possibilitou isso foi o prefeito Sérgio Moraes, no período em que ainda era deputado federal, em 2018. Na época, para transformar um veículo comum em motorhome, era necessária a emissão de um Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), cujo processo era lento e chegava a custar R$ 20 mil. Moraes, então, apresentou um projeto para que as mudanças exigissem somente um Certificado de Segurança Veicular (CSV), o mesmo que autoriza a instalação de um kit de Gás Natural Veicular (GNV), por exemplo. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados e desde então está em vigor.
“Quando legalizei o meu, gastei R$ 8 mil. Hoje, com a lei em vigor, se gasta em torno de R$ 2 mil”, detalha o presidente. Para ser considerado motorhome e aprovado na vistoria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o veículo precisa ter dormitório, cozinha e sistemas de água e energia, entre outros que o tornem independente de fornecimento externo.
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Pochmann salienta que é preciso abrir o processo antes de iniciar as alterações e depois encaminhar para vistoria. Se as mudanças não forem legalizadas, o condutor pode ser autuado por alteração das características originais do automóvel, infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que gera multa de R$ 195,23 e retenção do veículo para regularização.
Os participantes do encontro utilizam a ampla estrutura do Parque da Oktoberfest também para competições esportivas. Vôlei, futebol, sinuca e bocha são algumas das modalidades disputadas e que rendem medalhas aos competidores e equipes vencedores.
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As premiações foram entregues no baile realizado na noite de sábado. “Os filhos vêm visitar os pais e também participam. O esporte tem essa característica, de agregar as pessoas”, afirma Ferdinando Perazzolo, diretor de Esportes do Rancho Móvel.
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A idade não é empecilho para se fazer o que gosta. Com 87 anos, Carlos Emílio Cornelius continua dirigindo o motorhome. Recentemente, ele conheceu Geni Giordani, de 80, em um dos encontros, e passaram a viajar juntos. “Participo do Rancho Móvel desde a primeira edição, em 2000, mas já praticava o campismo desde os anos 1980”, afirma. Começou em uma barraca, passou para um trailer e já está no quarto veículo diferente.
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Geni garante que Carlos dirige muito bem. “Posso dizer que ele é muito tranquilo e passa segurança.” Ela tinha experiência com o caravanismo a partir do irmão, que participa de encontros, mas nunca tinha morado em um motorhome.
“É ótimo, pela liberdade e descompromisso com a rotina. Para mim, também é fantástico o desprendimento das pessoas e o companheirismo que encontramos naquelas com quem cruzamos pelo caminho.”
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