Reflexões sobre o Cinturão Verde encerram os debates

Nessa segunda-feira, 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente, Santa Cruz do Sul encerrou a programação da Semana do Meio Ambiente. O evento de conclusão ocorreu na Associação Comercial e Industrial (ACI) e reuniu cinco painelistas que realizaram uma reflexão em torno do Cinturão Verde, tema central do evento deste ano. Também se fizeram presentes a embaixadora do Instituto Lixo Zero (ILZB) e uma das organizadoras da Semana do Meio Ambiente 2023, Débora Leonhardt da Silva; o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade e presidente da ACI, César Cechinato, autoridades e apoiadores da causa ambiental. 

Em sua avaliação, Débora disse que a comissão organizadora está mostrando evolução. “Eu acho que esse é o maior segredo dessas ações colaborativas, onde tentamos trazer mais conhecimento para a população. A escolha do Cinturão Verde como tema foi um desafio por conta disso, de mostrar a necessidade e a importância da preservação”, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. A especialista salientou que o grupo deixará uma marca este ano. “Nos comprometemos em elaborar um documento para deixar escrito o que esperamos daqui para frente do Cinturão Verde”, antecipou.

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Como ponto principal do evento este ano, Débora citou o lançamento do e-book Cinturão Verde, elaborado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente Cayana Vida Silvestre, com o apoio do ILZB Santa Cruz do Sul. “Para entender a importância dessa preservação para a nossa vida e para o futuro da nossa cidade, tanto em qualidade de vida como da fauna e da flora presentes no local.” Débora também apontou que o próximo foco da comissão organizadora é a Semana Lixo Zero, que ocorrerá em outubro no município. 

César Cechinato elogiou o andamento da Semana do Meio Ambiente em Santa Cruz. “Foi uma programação muito rica e diversificada em termos de pautas extremamente relevantes para o futuro do município. No Dia Mundial do Meio Ambiente, podermos ouvir pessoas dotadas de conhecimento em relação às questões ambientais é um privilégio”, disse.

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Ele adiantou que alguns assuntos já estão sendo citados como viáveis para a Semana do Meio Ambiente em 2024, dentro deles o Rio Pardinho. “Estamos discutindo, mas com certeza, como o Cinturão Verde, será uma pauta com intensos debates”, ressaltou.

Trocas de ideias em favor das riquezas naturais

O painel que encerrou a Semana do Meio Ambiente iniciou com a participação do advogado, professor universitário e subcoordenador do curso de Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Cássio Alberto Arend. O especialista falou sobre o Código Florestal e leis que abrangem os recursos naturais e de preservação da área do Cinturão Verde. Arend também comentou o Plano Diretor atual de Santa Cruz.

O palestrante seguinte foi Humberto Oscar Burin Lange, presidente da Associação Cayana. Ele colaborou com o evento ao dar explicações sobre a fauna do patrimônio ambiental e quais os melhores meios de preservação. “Temos muito potencial para isso, a região possui diversas riquezas naturais”, ressaltou.

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Em seguida, o responsável pelo marketing da meuResíduo, Ismael Fernando Christmann, apresentou as ações realizadas pela empresa em Santa Cruz, como as participações nas semanas do Lixo Zero e na Semana do Meio Ambiente. Comentou que são pequenos resultados, mas incentivou a prática das ações. “Resíduos são um problema, não somente em Santa Cruz, mas em todo o mundo. Se cada habitante fizer algo, vamos gerar muitos benefícios ao meio ambiente”, observou. 

Ainda durante o painel, o engenheiro ambiental e de segurança do trabalho e coordenador de Meio Ambiente da Fundação de Proteção de Santa Cruz do Sul (Fupasc), Sebastião Bohrer, apresentou um projeto de cunho ambiental realizado na Escola Municipal Dona Leopoldina. O projeto visa gerar conhecimento, discussão e implementação de atividades em favor da sustentabilidade e da preservação dos recursos naturais junto da comunidade escolar. “A Semana do Meio Ambiente não pode terminar, é possível continuarmos com as ações se nos mantermos unidos”, manifestou Bohrer.

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O promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Santa Cruz do Sul, Érico Fernando Barin, fez uma reflexão crítica no evento sobre a necessidade urgente da preservação do Cinturão Verde. Barin apresentou exemplos de ações ambientais realizadas pelo Ministério Público e levantou projetos que ainda podem ser feitos pelo poder público de todas as instâncias. “Me pergunto por que, mesmo com tantas tecnologias, ainda existem tantos problemas. É um momento de fazermos das nossas intenções ações concretas.”

Colaborou John Kaercher Machado

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