Deve começar em cerca de dez dias a aguardada reforma da Estação Rodoviária de Santa Cruz – a primeira em quatro décadas. O termo de início da obra, que custará R$ 2,6 milhões e terá prazo de dez meses para conclusão, foi assinado na tarde dessa quarta-feira, 15, pela prefeita Helena Hermany (Progressistas).
O projeto prevê a substituição de todas as estruturas metálicas do terminal e de toda a parte elétrica, além da revitalização dos banheiros, troca de piso e adequação do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). Já a cobertura, que está muito danificada, receberá manto asfáltico, o que além de proteger deve ajudar a reduzir o ruído em dias de chuva. Também está prevista a implantação de uma área de espera junto aos guichês, um fraldário e espaço para funcionários.
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A empresa responsável, a K&G Construções, informou que a obra não deve afetar os serviços e a circulação de pessoas na rodoviária. Os banheiros devem ser uma das prioridades, porque estão completamente deteriorados.
No ato dessa quarta-feira, o vice-prefeito Elstor Desbessell (Progressistas) lembrou as cobranças da comunidade por melhorias no complexo e comemorou o fato de uma empresa santa-cruzense ter vencido a licitação. “Enquanto muitos outros municípios estão fechando rodoviárias, Santa Cruz está reformando a sua”, disse. Já Helena afirmou que os usuários do terminal não dispõem de conforto, sobretudo em dias frios ou chuvosos, e alegou que isso afeta a imagem do município. “Faz décadas que essa rodoviária foi construída e nunca foi feita uma melhoria, um reparo. Chegou a esse caos. E isso aqui é um cartão de visitas, é a primeira impressão que fica para quem visita a cidade”, falou.
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As condições do terminal, que fica às margens da BR-471 e foi inaugurado em 1982 pelo então prefeito Arno Frantz, são motivo de reclamações há anos. Sem jamais ter passado por uma revitalização profunda, o prédio, que pertence à Prefeitura, sofre com a deterioração. Em 2019, a Defesa Civil apontou uma série de problemas, incluindo bases de pilares danificadas pela corrosão. Na ocasião, o laudo técnico recomendou o isolamento da edificação onde funcionava o restaurante, o que foi feito, e uma intervenção imediata para recuperação da estrutura metálica que sustenta a platibanda, que está comprometida, além de reparos em outras estruturas, sob pena de as condições avançarem para estado crítico em um curto espaço de tempo.
O primeiro projeto, concebido ainda no governo Telmo Kirst, acabou descartado após a posse de Helena em função do custo, que chegaria a R$ 4 milhões. A solução foi resgatar uma proposta mais antiga, elaborada por uma arquiteta do Município em 2015, e atualizá-la. A promessa inicial era de que a obra começaria em 2021, o que não se confirmou. A licitação foi aberta só em março deste ano e enfrentou impasses. Os recursos que serão aplicados na obra foram captados pela Prefeitura via Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).
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