Foto: Divulgação
A Reforma tributária e seus reflexos no varejo estiveram no centro das discussões promovidas pela CDL Jovem, na noite da última terça-feira, 4, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul. A palestra “Reforma tributária no Varejo: Desafios, Oportunidades e Estratégias”, ministrada pelo empresário e doutor em Contabilidade, Laércio Friedrich, reuniu empresários, gestores e profissionais do setor interessados em compreender as mudanças previstas e as adaptações necessárias para os próximos anos.
Durante o encontro, Friedrich destacou que o atual modelo tributário brasileiro foi construído de forma fragmentada ao longo do tempo, o que resultou em sobreposição de impostos e altos custos administrativos. Segundo ele, a reforma tributária, aprovada em 2023 e com implementação gradual até 2033, representa uma resposta a décadas de demandas de empresários, consumidores e governos estaduais.
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Entre os principais pontos abordados, o palestrante explicou a criação dos novos tributos – o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o Imposto Seletivo – que substituirão gradualmente impostos como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. Friedrich também detalhou como funcionará o split payment (“pagamento dividido”), mecanismo que prevê a separação automática do valor dos tributos no momento da liquidação da transação, aumentando a transparência e reduzindo riscos de inconsistências fiscais.
O especialista enfatizou ainda que o novo modelo busca simplificar o sistema tributário, reduzir custos para as empresas, corrigir desigualdades regionais e setoriais e tornar o ambiente de negócios mais competitivo. Para ele, o período de transição – previsto para começar em 2026 e se estender até 2032, com modelo integral em 2033 – será essencial. “A reforma tributária representa uma transformação estrutural no Brasil, que precisa ser compreendida. Os empresários dos mais diferentes segmentos precisam avaliar a adequação dos sistemas, aguardar a regulamentação e analisar a cadeira produtiva para desenvolver estratégias necessárias para adaptação do seu negócio”, enfatizou.
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Friedrich também comentou sobre o tratamento do Simples Nacional na nova sistemática, ressaltando que empresas enquadradas poderão optar por recolher IBS e CBS dentro do Simples, tratado como modelo híbrido ou pelo regime regular, além de destacar a necessidade de revisão dos sistemas de gestão e de treinamento das equipes para operacionalizar novidades como o split payment.
Para o coordenador da CDL Jovem, William Steffens, o evento alcançou seu objetivo, proporcionando um momento de esclarecimentos sobre os impactos da reforma tributária no varejo. “Ficamos felizes com a casa cheia, o que demonstra o interesse dos lojistas neste tema, que vai impactar todos os setores. Para a CDL Jovem é muito importante este engajamento e a troca de experiência”, destacou ele.
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