Foi realizada na manhã de sábado, 26, no Teatro do Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul, a assembleia geral ordinária da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Além de abordar questões relativas à safra 2024/2025, a reunião teve como objetivo debater e definir as taxas, contribuições e benefícios do sistema mutualista para o próximo ciclo.
Os números finais da safra, como área plantada, produção e produtividade, serão divulgados pela Afubra somente no fim de agosto. Marcílio Drescher, contudo, fez uma avaliação preliminar e classificou a temporada como normal e dentro do que era esperado pela instituição. “Não houve supersafra como alguns estavam prevendo. Tivemos uma equalização da oferta e demanda, e consideramos que as remunerações foram razoavelmente boas comparadas a outros momentos difíceis que tivemos.”
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O presidente da Afubra comentou as tarifas de 50% que os Estados Unidos definiram para produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Segundo Marcílio Laurindo Drescher, há uma grande apreensão não somente na fumicultura, mas em todo o setor produtivo que exporta para aquele país. “Estamos torcendo para que se chegue a um termo e isso não se concretize”, afirmou. No ano passado, o Brasil exportou cerca de 40 mil toneladas de tabaco para os Estados Unidos, o que representa em torno de 9% do total.
Se a taxação entrar em vigor, Drescher acredita que poderá acarretar impactos nas propriedades produtoras, pois se trata de uma fatia importante do comércio internacional de tabaco. “É prudente mantermos a antena ligada para saber o que está acontecendo, porque no momento não temos ainda a dimensão daquilo que poderá ocorrer em definitivo”, observou.
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Em relação ao sistema mutualista, por unanimidade, os associados decidiram manter o valor da taxa de contribuição em 6% e elevar o valor da Unidade Referencial Mutualista (URM) em 8,8%.
Conforme o presidente da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, apesar de ter havido superávit na atual temporada, o valor da contribuição foi mantido com o objetivo de solidificar o fundo de reserva da instituição. “Isso é necessário e prudente porque precisamos ter a garantia da continuidade do nosso sistema por meio da segurança de reserva”, afirmou. Ele parabenizou todos os produtores que participaram, compreenderam a necessidade e votaram a favor da proposta.
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Já a URM foi reajustada em 8,8%, passando de R$ 23,20 para R$ 25,26. Trata-se de um valor baseado no preço do tabaco BO1 e que serve de referência para o recebimento de benefícios e pagamentos dos auxílios do sistema mutualista. “Como cada empresa tem a sua tabela de valores, nós tivemos que criar a nossa própria moeda, que é a URM”, explica Drescher. O reajuste foi definido a partir de levantamentos sobre o custo de produção do tabaco e preços praticados no ciclo atual.
O estudo elaborado pelas equipes técnicas considerou todas as regiões produtoras e foi discutido em reuniões preliminares. “Os produtores estavam cientes, é um procedimento padrão e eles já sabem tudo o que será apresentado aqui. Estamos felizes porque a assembleia, de forma unânime, aprovou os índices.”
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