A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, responsável pelos 38 Institutos Federais (IF) do país, divididos em 680 unidades atualmente, está em processo de expansão. E o Instituto Federal Farroupilha (IFFar), um dos três do Rio Grande do Sul, está estudando a possibilidade de instalar um campus em Santa Cruz do Sul.
A ideia é que a rede, que completa 15 anos em dezembro, atinja mil unidades de ensino até o final de 2023. Assim, há um estudo e planejamento, tanto do Ministério da Educação (MEC) quanto da Casa Civil, para que aconteça, além da expansão, obras de melhoria nos campi já existentes.
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Com esse processo de ampliação em mente, aconteceu uma audiência pública na última sexta-feira, 23, visando a instalação de um polo do IFFar com cursos técnicos em Santa Maria, onde está localizada a reitoria, além de campi em Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Ijuí, São Luiz Gonzaga e Santiago. Hoje, no Vale do Rio Pardo, o ensino técnico público existe apenas em Venâncio Aires, onde há um polo do IFSul.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a reitora do IFFar, Nídia Heringer, explicou o processo para que o instituto chegue a Santa Cruz. Além da falta de definição de um local, que pode ser tanto construído do zero quanto adaptado de uma instalação já existente, o município precisa apresentar uma contrapartida para que comece o processo de análise e possível instalação. Os critérios para definição, de responsabilidade do MEC, devem ser divulgados até o final de julho.
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Além disso, o próprio município precisa demonstrar interesse. Em Santa Cruz, o vereador Alberto Heck (PT) já chegou a fazer contatos com o MEC e se reuniu com a reitoria do IFFar para viabilizar a implantação. Nídia comenta que, durante o processo, acontece a criação de um comitê de implantação. O grupo conta com a representação de entidades empresariais e industriais, Secretaria de Educação, Prefeitura e lideranças regionais. No momento, a reitora acredita que a Assembleia Legislativa deve estar aprovando o projeto. Nos próximos dias, a AL deve reunir-se no município com a Câmara de Vereadores e com a reitoria.
Em relação ao local, a reitora explica que, caso seja escolhida uma infraestrutura já existente no município, o processo é agilizado, visto que não há necessidade de projeto arquitetônico, processo licitatório e toda a construção da instalação. Porém, ela alerta que esse prédio, primeiro, deve ser cedido à união.
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Nídia explica que o IFFar é uma instituição pública federal que oferta 50% das matrículas em cursos técnicos. A preferência é pelos cursos integrados ao ensino médio, mas também há oferta de cursos subsequentes (técnicos para quem já se graduou no ensino médio) e cursos técnicos concomitantes ao ensino médio, em contraturno. Além disso, 16% das matrículas são destinadas a cursos de licenciatura, assim como opções de bacharelado, especialização e mestrado.
Ainda, há uma territorialização na divisão entre os três institutos federais do Rio Grande do Sul: o IFFar possui 11 campi, em municípios das regiões Central, Noroeste e Fronteira do estado. Em relação à existência do IFSul em Venâncio Aires, próximos a Santa Cruz do Sul, a reitora comenta que há um trabalho para evitar que ambos ofertem cursos nos mesmos eixos temáticos.
*Colaboraram os jornalistas Maria Regina Eichenberg e Leandro Porto
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