Santa Cruz do Sul

Santa Jam celebra a cultura do Hip Hop em Santa Cruz

Santa Cruz do Sul foi palco de um evento voltado à valorização da cultura do Hip Hop. O movimento artístico – integrado não apenas pela música (o rap), mas também pela dança (o break) e arte visual (o grafite) – foi celebrado na 22ª Santa Jam.

Organizado pelo coletivo independente Ateliê Vivências Urbanas (AVU), o evento iniciou no sábado, 6, na Praça da Passarela, no Bairro Arroio Grande. No domingo, 7, as atrações ocorreram na Praça da Cultura, no Centro. Diante do calor registrado no domingo à tarde, a programação, prevista para iniciar às 14 horas, foi adiada brevemente. As portas do Coworking Cultural foram abertas para o público aproveitar as atrações. 

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Entre as atrações previstas estavam o DJing, a dança (Batalha de Breaking), o graffiti (Jam e Live Painting) e rap (Batalha de Rima). Houve ainda espaço para poesia, malabarismo, oficinas e shows, além de uma feira criativa. Além de artistas de Santa Cruz, marcaram presença integrantes de outras 11 cidades gaúchas, além de Florianópolis (SC).

Um dos participantes locais foi Maicon da Costa Oliveira, de 35 anos, popularmente conhecido como B-Boy (dançarino de Hip Hop) Corvão. Além do talento no break, é também pintor e tatuador, além de MC (mestres de cerimônias). Natural de Cachoeira do Sul, Corvão cresceu em Santa Cruz e aproximou-se do movimento artístico ainda adolescente. 

Para o artista, o Hip Hop é um agente de transformação social, diminuindo a violência, levando a cultura e evidenciando talentos nas periferias. E o Santa Jam, na sua avaliação, tornou-se um espaço de consolidação para quem faz parte ou é entusiasta do movimento artístico. 

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“O Hip Hop nasceu muito com o propósito de ser uma válvula de escape da violência social que acometia os Estados Unidos, além de servir como agente de pacificação. Eu mesmo poderia ir para o caminho da violência, mas eu conheci a arte e coloquei meu potencial nela”, destacou.

Rafaela Vieira, produtora executiva do coletivo AVU, evidenciou que o Santa Jam é uma oportunidade de aproximar a comunidade santa-cruzense do Hip Hop. Em um cenário em que as festividades baseadas nas tradições germânicas prevalecem, o movimento artístico iniciado nos Estados Unidos tornou-se uma contracultura no município, atuando de forma independente. “É um cenário que, apesar de pouco estruturado, é muito resistente, com destaque no grafite e na dança. Mas é feito com verdade e com coração, amamos muito”, afirmou.

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Julian Kober

É jornalista de geral e atua na profissão há dez anos. Possui bacharel em jornalismo (Unisinos) e trabalhou em grupos de comunicação de diversas cidades do Rio Grande do Sul.

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