Momentos de oração, saudade e zelo pelos túmulos foram registrados por todos os lados nos cemitérios nesse domingo
O Dia de Finados nesse domingo, 2, foi marcado por emoção, fé e lembranças nos cemitérios de Santa Cruz do Sul. A movimentação intensa foi registrada logo nas primeiras horas da manhã. No Municipal, visitantes circularam entre os túmulos levando flores, velas e orações em homenagem a familiares e amigos que já partiram.
Logo cedo, uma celebração conduzida pelo pastor Samuel Gausmann, da Comunidade Bom Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), reuniu 30 fiéis em um momento de oração e reflexão. Em sua mensagem, o pastor destacou que o Dia de Finados é uma data para lembrar com gratidão, mas também para refletir sobre a vida e a esperança que permanece. “Muitas vezes o cemitério é um lugar de tristeza, saudade. Então, a gente ressignifica com o sentido da fé, da esperança, da ressurreição”, enfatizou o pastor.
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Conforme ele, fazer a celebração no cemitério é uma forma de trazer amparo e alento e enfatizar que é preciso seguir em frente. “Essas pessoas também estão agora nas mãos de Deus. Não estão mais fisicamente conosco, mas continuam vivas na nossa memória e no nosso coração.” Durante a manhã, ele ainda celebraria outros cultos relativos à data em comunidades do município.
Entre os visitantes, o sentimento predominante era o da saudade que conforta. Muitos descreveram o gesto de visitar os túmulos e levar flores como uma forma de manter viva a presença daqueles que se foram. “É um momento de paz. A gente sente que eles continuam perto, no coração”, comentou Marlene Wendland, 75 anos, moradora do Bairro Senai.
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A aposentada visitava os túmulos dos bisavós, avós, tios, tias e pais. Após dois anos sem conseguir ir ao local, Marlene, que também acompanhou a celebração religiosa, estava confortada. “Faz bem ao coração vir aqui, trazer flores, dar uma organizada. Sei que minha mãe está feliz.” Durante todo o domingo, o Cemitério Municipal recebeu um fluxo constante de visitantes. A Prefeitura reforçou a limpeza, a sinalização e o cuidado com os espaços.
Marlene Fernandes, de 64 anos, acompanhada da mãe Nelsi Brandt, de 83, aproveitou para levar flores novas logo cedo para o pai e os sogros. Durante a semana, mãe e filha já haviam feito a limpeza dos túmulos. “Sempre que possível, viemos fazer essa organização, mas principalmente para nos fortalecer a partir da conexão que se mantém.”
Mais do que um momento de luto, o Dia de Finados em Santa Cruz do Sul se mostrou um tempo de conexão entre gerações, em que a saudade se transforma em carinho e a memória se mantém viva por meio da fé e das flores. Daymara Eifert, 37 anos, junto com o filho Arthur, 13, escolhia flores para levar a Sinimbu, onde visitaria os túmulos da avó e da mãe na localidade de Linha São João.
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Para manter viva a memória da mãe, falecida há 30 anos, ela mantém a tradição de anualmente ir com a família ao cemitério. “Meu filho menor, o Caio, e também o Arthur, assim como meus sobrinhos, não conheceram a avó deles. Então, junto com meu pai e minha irmã, vamos sempre visitar o túmulo dela para reverenciar a memória e legado e para os pequenos não perderem o vínculo com ela.”
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