Técnico de basquete fala sobre liderança durante reunião-almoço da Ajesc

A reunião-almoço da Associação dos Jovens Empreendedores de Santa Cruz do Sul (Ajesc) nessa quinta-feira, 6, contou com painel do ex-técnico da equipe Ceisc União Corinthians, Rodrigo da Silva. Em uma dinâmica aos moldes de entrevista, coordenada pelo presidente da entidade, Jonas Batista, o convidado relatou seu histórico como atleta e a experiência de comandar os jogadores.

Influenciado a iniciar na modalidade dentro da família, ressaltou a importância de atender bem o público, indiferentemente de qual seja o objetivo. Como exemplo, ele contou o momento em que bem recebeu um norte-americano interessado em um dos atletas da equipe na qual estava. Como compensação, foi convidado a trabalhar no Hawaí. “Foi o melhor lugar em que eu poderia ter começado a atuar na equipe técnica”, afirmou.

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Sobre um dos desafios enfrentados pelos empreendedores, reforçou que é preciso aceitar e querer ser líder. “É um desafio diário. É preciso ser exemplo de caráter e personalidade, pensar em como leva a vida e como se comunica”, apontou. O técnico ainda frisou a importância de ser honesto com os atletas, falando o que é necessário, sem faltar com o respeito.

Esse perfil que definiu como ideal para liderança fez com que passasse a ter a consideração dos atletas. Recentemente, com o desligamento do Ceisc União Corinthians, recebeu mensagem de todos os jogadores. “Cuidem das pessoas lideradas como seres humanos. Se cuidar do jogador apenas como jogador, ele não te dará nada em troca”, orientou.

O técnico ressaltou a relevância de associar conhecimento na área de atuação à espiritualidade. Enfatizou que não se trata de religião, mas da forma de fazer com que a espiritualidade possa caminhar junto com o profissional.

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Após duas temporadas, Rodrigo da Silva deixou o comando técnico do Ceisc União Corinthians depois de três jogos pelo Novo Basquete Brasil (NBB): uma vitória em casa e duas derrotas fora. Frisou que não há o que reclamar do grupo. Apontou que a direção do clube foi a primeira a lhe possibilitar a oportunidade de assumir como técnico, depois de 17 anos como auxiliar. Nesse período, foi levado à Seleção Brasileira.

Em relação à formação de time, apontou a dificuldade que clubes como o de Santa Cruz têm para a contratação. Os atletas costumam dar preferência para grandes centros, onde há mais recursos e os contratos são de 12 meses. Sobre os times interioranos, como o Ceisc União Corinthians, entende que é necessário criar mecanismos de atração de talentos, como salários e uma infraestrutura que atendam aos pedidos dos atletas.

Rodrigo Silva lamentou a atuação daqueles que intermedeiam as negociações com os clubes. “Os agentes que deveriam defender o jogador acabam defendendo somente o que é melhor para si”, alfinetou. O técnico não adiantou qual deve ser o seu destino profissional.

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