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“Tenho legitimidade para dar seguimento”, fala governador em exercício

Foto: Rodrigo Ziebell/GVG

Na condição de governador em exercício desde segunda-feira, 27, em razão das férias de Eduardo Leite (PSDB), o vice Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) disse, em entrevista exclusiva à Rádio Gazeta e à Gazeta do Sul, que a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal é “um mal necessário”. Apesar das restrições de despesas previstas no acordo para os próximos anos, Ranolfo alegou que não há outra saída diante da obrigação do Estado de honrar a dívida com a União.

O pedido de adesão foi formalizado essa semana à Secretaria do Tesouro Nacional. Além de uma carência de 12 meses, o que significa que os pagamentos, atualmente suspensos por força de uma liminar, só seriam retomados em 2023, os termos garantem aumento gradual no valor das parcelas até 2030. Nesse período, porém, o Estado enfrentaria uma série de limitações – o aumento de gastos com pessoal, por exemplo, não seria vedado, mas exigiria a comprovação de uma compensação. Na entrevista, Ranolfo afirmou que se a dívida, cujo saldo total é de R$ 70 bilhões, voltasse a ser cobrada nas condições anteriores, o Estado “entraria em um caos absoluto, extremo”.

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Ainda segundo ele, os próximos leilões e concessões que serão realizados pelo Estado – o que inclui a Corsan, o braço de geração da CEEE e os novos lotes rodoviários – vão garantir a manutenção dos investimentos. Nos últimos meses, a partir dos recursos obtidos com a venda da Sulgás e das áreas de distribuição e transmissão da CEEE, o governo lançou um pacote bilionário por meio do programa Avançar e concedeu um reajuste salarial ao magistério. Sobre a possibilidade de uma revisão geral para todos os servidores, Ranolfo afirmou que isso deve ser definido nos próximos dias. Também garantiu o pagamento dos salários sem atrasos ou parcelamentos ao longo de todo o ano de 2022.

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Às vésperas do ano eleitoral, ainda reiterou a sua disposição de concorrer a governador, diante da posição de Leite de não disputar a reeleição. “Sinto que tenho legitimidade para ser aquele a liderar o seguimento desse projeto”, ressaltou.

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Colaborou a repórter Maria Regina Eichenberg

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ENTREVISTA

Qual será o grande desafio do Rio Grande do Sul em 2022?


O governo está seguro de que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal é o melhor caminho, considerando as restrições previstas no acordo?

O governo anunciou uma série de investimentos nos últimos meses, a partir dos recursos das privatizações. Como seguir viabilizando investimentos quando esse dinheiro acabar?

A manutenção do pagamento em dia dos salários dos servidores está garantida para 2022?

O governo concedeu um reajuste para o magistério, que vai valer a partir de janeiro. Há perspectiva de uma revisão para todo o funcionalismo em 2022?

Em vários países, os índices de contaminação de Covid voltaram a aumentar com a variante Ômicron. O governo estadual teme uma nova onda?

Alguns municípios e estados suspenderam o Carnaval. O governo gaúcho tem alguma posição ou orientação às prefeituras quanto a isso?

Estamos entrando em ano eleitoral. O governador Leite já reiterou inúmeras vezes que não disputará a reeleição. O senhor foi para o PSDB. Do que depende a confirmação da sua candidatura?

LEIA MAIS: Comissão parlamentar reforça urgência do Regime de Recuperação Fiscal para o RS

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