Com mais de 11 mil provas aplicadas ao longo de todo o ano passado, Santa Cruz do Sul tem média de aprovação superior a 70% quando se consideram as categorias A, B, C, D, E e também o exame teórico para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A licença B, que permite a condução de carros de passeio, é a mais procurada e também a responsável pelo maior índice de reprovação. Entre os fatores responsáveis por esse cenário estão o rigor da legislação e o nervosismo.
No ano passado, 5.470 provas de direção para a carteira B foram aplicadas e 2.619 concluídas com êxito, o que corresponde a um percentual de aprovação de 52,1%. Já neste ano, de janeiro a junho, foram realizados 2.496 testes e 1.584 tiveram o desfecho esperado, 49,2% de sucesso. É interessante observar que nas categorias C, D e E, exigidas para conduzir ônibus e caminhões de pequeno e grande porte, o número de aprovados em relação ao total de testes aplicados é muito superior e ultrapassa os 85%.
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No entendimento de Celso Esperidião, diretor do Centro de Formação de Condutores (CFC) Celso, diversos fatores contribuem para a situação. “Acredito que o principal responsável seja o alto grau de exigência praticado aqui no Rio Grande do Sul.” Segundo ele, embora a legislação e as regras sejam as mesmas em todo o País, em alguns estados há mais tolerância a pequenos erros. “Um exemplo é a baliza, cujo tempo máximo para concluir a manobra é quatro minutos. Aqui no Rio Grande do Sul, se passar um segundo além do previsto, está reprovado. Ninguém faz vista grossa.”
Outro ponto levantado por Celso é a questão emocional. Muitas vezes o candidato está tecnicamente preparado para o exame, o que pode ser confirmado por meio dos simulados aplicados nas aulas. “Mesmo com toda a preparação, chega no dia da prova, a pessoa não consegue controlar o nervosismo e acaba reprovando.” Nessas situações, o CFC oferece acompanhamento psicológico para possibilitar que o aluno aprenda a lidar melhor com a tensão e consiga manter a calma no momento crucial.
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Há ainda as condições adversas imprevisíveis que podem ocorrer durante a prova, como chuva, trânsito intenso ou o trajeto escolhido pelo examinador. “Pode acontecer de a pista estar molhada, a rua escolhida para fazer o teste da rampa ser muito íngreme, um pedestre atravessar em local indevido. Enfim, são detalhes que podem prejudicar.”
*Valores sem o uso do simulador, que é opcional.
**Em caso de reprovação, a taxa da primeira repetição tem valor reduzido para R$ 42,48 se for realizada em até 30 dias a contar da data da primeira prova.
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