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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Um estado à deriva?

O Rio Grande do Sul jamais teve a experiência da reeleição do inquilino do Palácio Piratini. Os motivos desse fenômeno suscitam vários palpites. Uns creditam o fato ao exacerbado espírito crítico dos gaúchos. Outros citam o espírito rio-grandense de rivalidade, característica que remonta à época da fixação das fronteiras na disputa com os vizinhos “hermanos”.

Ao longo da história, a permanente alternância do poder na Província de São Pedro tem se mostrado prejudicial ao desenvolvimento econômico e social. Historicamente colecionamos epítetos como “Celeiro do Brasil” e detentores da “melhor educação do país”. Isso tudo, no entanto, ficou num passado distante, que suscita saudades e dor por sua ausência.

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A rivalidade (e o ódio) impede qualquer esforço de união na busca de soluções para problemas crônicos do Rio Grande do Sul e do Brasil. É impossível eleger uma pauta capaz de unir situação e oposição, os chimangos e maragatos do século 21. Isso ficou dolorosamente evidenciado ao longo desses 17 meses em que se prolonga a pandemia da Covid-19. A guerra diária nas redes sociais só aumenta, sem falar dos prejuízos ao jornalismo honesto, correto e imparcial.

A reeleição, instituto ressuscitado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – através do uso de expedientes “pouco republicanos” para se manter no poder –, tem se mostrado nefasta para o Estado e para o país. Aqui, Eduardo Leite garantiu no primeiro dia de mandato que não postularia a reeleição, a exemplo do que fizera ao ser eleito prefeito de Pelotas. Desde a posse, esse compromisso vem sendo reiterado nas mais diversas manifestações públicas. Uma decisão mais nociva ao Estado, no entanto, se concretizou através da decisão de concorrer à Presidência da República como candidato pelo PSDB.

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