Uma teoria científica aposta na existência de bilhões de outros universos, paralelos a este em que vivemos, e cada um deles seria um pouco diferente. O físico britânico Stephen Hawking lançou tal ideia – aparentemente absurda, coisa de ficção fantástica – em um ensaio escrito pouco antes de sua morte, ocorrida em 2018.
A teoria do “multiverso” parte da hipótese de que o Big Bang – a grande explosão primordial – teria criado não só um, mas incontáveis universos, mais ou menos parecidos com o nosso. As diferenças entre um e outro poderiam ser pontuais. Em um deles, talvez os nazistas tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial e agora andem por aí, dando as cartas e as ordens, governando países e dominando a vida de todos. E em outra realidade talvez você, leitor, nem exista. Possibilidades infinitas.
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Se universos paralelos existem, então deve haver algum onde o salário-mínimo seja de R$ 5.315,74. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) afirmou que esse é o valor necessário – no ano passado! – para contemplar as necessidades básicas de uma família com quatro pessoas. Mas estamos longe disso por aqui.
Em outro mundo, a Covid-19 pode ter sido extinta; a saúde pública é exemplar – porque a população paga impostos para que funcione dessa forma, e paga bem – e não faltam remédios de alto custo nas farmácias públicas. A educação é respeitada de fato, não só em discursos, e por aí vai. Se Hawking tiver razão, não há por que duvidar da existência de um Brasil assim.
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